Inpa capacita merendeiras e agricultores no beneficiamento de cubiu e camu-camu
Durante três dias, os participantes terão a oportunidade de aprender sobre processamento e preparação de frutos amazônicos e hortaliças não convencionais
Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa
Foto: Dionísia Nagahama – Acervo pesquisadora
A partir desta segunda-feira (26), os Laboratórios de Nutrição e de Tecnologia de Alimentos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realizarão uma oficina de processamento de camu-camu (Myrciaria dubia) e cubiu (Solanum sessiliflorum), frutas tipicamente amazônicas com alto teor de vitamina C e de fibra alimentar, respectivamente. A oficina segue até quarta-feira (28) e faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
A oficina é destinada às nutricionistas, supervisoras e merendeiras da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e a agricultores familiares. De acordo com a pesquisadora e nutricionista do Inpa, Dionísia Nagahama, uma das instrutoras da oficina, serão repassadas orientações de como processar as frutas. “A partir desses conhecimentos, os participantes aprenderão a produzir diversos produtos, como geleias e o molho de cubiu (conhecido como tucupi de cubiu)”, explica a pesquisadora.
Durante a oficina, os participantes também terão a oportunidade de ter acesso a informações técnicas sobre a preparação de hortaliças não-convencionais, como o ora-pro-nóbis (Pereskia bleo), que pode ser consumida crua, em saladas e no preparo de frango e canes; a taioba (Xanthosoma sagittifolium), rica fonte de ferro, come-se as folhas, talos e raiz; e o cariru (rico em cálcio e consumido em sopas ou saladas).
As técnicas serão ministradas pela instrutora da Pastoral da Criança, Terezinha Freire, bióloga e especialista em Nutrição Humana e Saúde pela Universidade de Lavras (MG).
De acordo com a Cartilha de Hortaliças Não-convencionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as hortaliças não-convencionais são aquelas presentes em determinadas localidades ou regiões exercendo influência na alimentação de uma população tradicional. Normalmente, não estão organizadas enquanto cadeia produtiva propriamente dita, não despertando o interesse por parte de empresas de sementes, fertilizantes ou agroquímicos.
A oficina conta com apoio do Grupo de Agronomia e do Grupo de Produção de Abelhas do Inpa, que doaram hortaliças e mel, respectivamente.
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