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Mulheres Pioneiras do Inpa em exposição na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

  • Publicado: Quarta, 21 de Outubro de 2015, 10h51
  • Última atualização em Quarta, 21 de Outubro de 2015, 11h14

As atividades promovidas pelo Inpa durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia seguem até a próxima sexta-feira (23). Confira a programa aqui

Por Caroline Rocha (texto e foto) – Ascom Inpa

Algumas pesquisadoras pioneiras do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) que participaram das primeiras expedições científicas promovidas pelo Instituto nos anos de 1954 e 1955 são homenageadas com a exposição “Mulher e Ciência: as pioneiras do Inpa”.  A exposição teve início na última segunda-feira (19) e faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) que acontece até sexta-feira (23), com mais de 200 atividades gratuitas.

As pesquisadoras homenageadas são: Elizabeth Maria Santana Honda, Lindalva Paes de Albuquerque, Maria do Socorro Florentino Coelho de Souza, Maria Virgínia Carmem Dupré Rabello e Marlene Freitas da Silva. Em destaque, estavam às atividades de pesquisa desenvolvidas por Maria de Nazaré Góes Ribeiro, farmacêutica-bioquímica, que iniciou suas atividades no Inpa como auxiliar de laboratório em 1954, e ao longo de sua vida acadêmica ocupou o cargo de vice-diretora do Inpa entre os anos de 1985 e 1990.

Segundo a historiadora e curadora da exposição, Angela Panzu, a ideia é mostrar a contribuição de mulheres, que no período de 1954, inauguraram juntamente com Instituto, as atividades do Inpa. “Mulher e Ciência: as pioneiras do Inpa” faz parte de um dos capítulos da dissertação do mestrado em História, de Panzu, que é Analista em Ciência e Tecnologia do Inpa.

MulheresPioneirasFotoCarolineRocha

Conforme a historiadora, a ciência brasileira ao longo dos tempos, mostra poucas mulheres atuando nessa área, mesmo nesses tempos atuais. Historicamente, as mulheres só tinham acesso às atividades científicas, de acordo com a posição familiar que elas ocupavam; se eram esposas de algum homem da ciência, e se esse assim permitisse, atuavam como suas auxiliares, limpando vidrarias, ilustrando, organizando as coleções ou ainda traduzindo os experimentos e textos.

“A Ciência sempre foi vista como uma atividade masculina. Aqui no Brasil só após o segundo pós-guerra, houve mudança nesse quadro devido à necessidade crescente de recursos humanos para atividades estratégicas. A proliferação das faculdades de Filosofia, Ciências e Letras, e a política científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)”, contou Panzu sobre o processo de expansão da presença de mulheres na carreira científica.

Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, a homenagem às mulheres que trabalharam com ciência no início das atividades do Inpaé muito apropriada. “Se nós olharmos em todas as universidades do Brasil e nós aqui do Inpa temos muitos lugares importantes que mulheres ocupam”, enfatizou França.

Ciência nos anos 50

“Como umas das pessoas que ajudaram e se esforçaram para que o Inpa se tornasse uma instituição de referência para as pesquisas da região, é muito gratificante receber uma homenagem assim”, revelou uma das pioneiras do Inpa, a pesquisadora aposentada Maria de Nazaré Góes Ribeiro, que trabalhou por 40 anos no Instituto.

Ribeiro explicou que o processo para entrar no Inpa nas décadas de 1950 ocorria por meio de cursos, provas seletivas e estágio probatório, para então, ser funcionária efetiva do Instituto. Naquela época tivemos que desenvolver nossas atividades em vários seguimentos diferentes da nossa área de atuação. Tínhamos que ser versáteis”, afirmou.

Para Ribeiro, o Inpa é resultado do esforço dos primeiros pesquisadores, que formaram a base do Instituto, e que hoje é muito bem desenvolvido pelos atuais pesquisadores que continuam o trabalho em prol do desenvolvimento da ciência, tecnologia e da sociedade.

 

 

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