Estudantes da rede pública de ensino conhecem atividades do Biotério Central do Inpa
Mais de 200 atividades serão desenvolvidas na SNCT, como exposições, palestras, oficinas, cursos. Nesta sexta-feira (23), acontecerá mais uma edição do Projeto Circuito da Ciência
Por Luciete Pedrosa (texto e foto) – Ascom Inpa
Como parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), estudantes que estiveram na manhã desta terça-feira (20), no Bosque da Ciência, puderam conhecer as atividades desenvolvidas no Biotério Central do Inpa e os animais que são criados no local, como hamsters, ratos e camundongos. Nesta sexta-feira (23) acontece mais uma edição do Projeto Circuito da Ciência.
O biotério é um local adequado para criação e manutenção de animais para pesquisas científicas. Por possuírem organismos complexos e semelhantes ao do homem, os roedores são utilizados no desenvolvimento de medicamentos e testes farmacológicos antes da liberação para uso em humanos.
De acordo com o tecnologista e coordenador do Biotério Central do Inpa, o médico veterinário Leonardo Matos, o biotério do Inpa é um dos mais modernos do Brasil e trabalha com a produção de três linhagens animais, o camundongo Balb-C, hamsters e ratos Wistar. Os animais são utilizados nas pesquisas científicas desenvolvidas pelos grupos de pesquisa do próprio instituto e de instituições parceiras, com o Instituo Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz).
Dentre as diversas exposições que acontecem no entorno do Bosque da Ciência nesta semana, estão o Laboratório de Micologia, o Laboratório de Sementes, o Laboratório de Malária e Dengue, o Laboratório de Bioprospecção, o Grupo de Nutrição e o de Frutas da Amazônia com degustação de geleias de frutas amazônicas (cubiu, sapota, cupuaçu, açaí), empadinhas e bolos produzidos a partir da farinha de pupunha, além da distribuição de mudas de frutas e hortaliças.
Os visitantes também podem conhecer um pouco sobre a importância da atividade da aquicultura na região e visitar os aquários com as várias espécies de peixes ornamentais, como acará bandeira (Pterophyllum scalare) e os cardinais (Paracheirodon axelrodi), além dos peixes bem apreciados pela população, como o tambaqui (Colossoma macropomum), o pirarucu (Arapaima gigas) e o matrinxã (Brycon amazonicus). O público tem a oportunidade de conhecer ainda os artesanatos produzidos com couro de pirarucu e os diferentes ingredientes que são utilizadas nas rações dos peixes.
Segundo a pesquisadora visitante Michelle Fugimura e o mestrando em Aquicultura Carlos Cartegama, responsáveis pelo estande do Grupo de Aquicultura da Amazônia Ocidental do Inpa, a Amazônia é uma região com uma abundância de espécies ornamentais. “Nesta exposição estamos mostrando somente um pouco destas centenas de espécies”, diz Fugimura. “A região de Barcelos é a mais conhecida na exploração de peixes ornamentais”, acrescenta.
Também participam da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Inpa escolas públicas, com apresentações de projetos dentro do Programa Ciência na Escola (PCE), como a Escola Municipal Anastácio Assunção (no São Lázaro) com o projeto “Cultura e Memória: as narrativas orais – contando a história do Boi Bumbá Corre Campo. O coordenador do projeto é o professor Alvanir Filho.
Na próxima segunda-feira (26) está programado um curso de bolos produzidos com farinha de pupunha, rica em fibras e vitamina A (Betacaroteno), que desempenha um papel essencial para a visão, participa no desenvolvimento do osso e deixa a pele e o cabelo mais bonitos. O curso é direcionado a estudantes de nutrição, gastronomia e demais interessados. As aulas acontecerão no Laboratório de Nutrição do Inpa (Campus I) e será ministrado pelo gastrônomo Carlos Seixas.
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