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Micologia médica é assunto do I Workshop de Micologia do Inpa

  • Publicado: Sexta, 02 de Outubro de 2015, 16h49
  • Última atualização em Sexta, 02 de Outubro de 2015, 16h56

O evento também apresentou temas atuais da micologia médica, micologia industrial, micologia de alimentos e micologia ambiental

 

Por Caroline Rocha (texto e foto) – Ascom Inpa

 

O combate à candidíase em hospitais de Manaus foi um dos temas apresentados no I Workshop do Laboratório de Micologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). O evento também discutiu sobre os fungos de interesse médico de maior importância para a região amazônica e os principais fungos responsáveis pela morte de pacientes imunossuprimidos, aqueles com o vírus HIV.

 

De acordo com a representante da Comissão Estadual de Controle de Infecção Hospitalar no Amazonas (CECIH), Vivian do Nascimento, o Inpa teve papel importante nas investigações do surto da infecção e os resultados dos estudos levarão a intervenções efetivas e a redução da mortalidade dos pacientes infectados.

 

“Através do laboratório de micologia, nós conseguimos elucidar os surtos e desenvolver as pesquisas necessárias. É importante unir os estudos da biologia molecular das instituições de pesquisas com as unidades de saúde para combater as infecções nos hospitais”, destacou.

 

 

Para o biotecnologista e responsável pelo Laboratório de Micologia do Inpa, João Vicente Braga de Souza, a capacitação que o laboratório oferece para alunos de mestrado e doutorado, é essencial para as pesquisas que serão desenvolvidas na área da saúde no Estado. “Os estudantes já entram para a área da saúde com o foco de produzir resultados efetivos para grandes doenças que cercam a população”, disse Souza.

 

ViviandoNascimento1FotoCaroline RochaInpa

 

O evento trouxe para Manaus dois importantes especialistas em micologia médica, o pesquisador e professor da Fiocruz, Bodo Wanke e o pesquisador Wieland Meyer, da Austrália. O workshop também tratou de assuntos atuais da micologia médica, micologia industrial, micologia de alimentos e micologia ambiental. O evento nesta quinta e sexta-feira, no Auditório da Ciência.

 

Surto de infecção por cândida

 

A investigação das infecções por cândida foi aplicada em uma maternidade pública da capital, onde houve um surto da infecção, mas, por meio da biologia molecular, pode-se determinar as fontes que acionavam os fungos presentes no corpo do paciente, evitando mortes. “Medidas de prevenção e controle também foram tomadas para conter o surto no local”, informou Vivian.

 

As espécies de cândidas mais frequentes no Amazonas, segundo Vivian, são as cândidas albicans e a cândida tropicalis, que representam 34% e 32% respectivamente. A maior incidência de infecção é em crianças (40%), neonatos (13,9%) e adultos (7%).

 

Vivian atenta para as devidas medidas de prevenção e controle da cândida, como o tratamento precoce dos indivíduos infectados e cuidados específicos, como trocas de curativos a cada 48 horas.

 

Segundo Vivian, a maioria das pessoas são colonizadas pelo fungo da cândida, que se alojam na mucosa oral, vaginal, retal e uretral. “A colonização não causa a doença. O fungo pode se manifestar através de dispositivos invasivos inserido em uma pessoa, como sondas e cateteres, que quebram a barreira anatômica (primeira linha de defesa do organismo e impede a entrada de corpos estranhos)”, explica.

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