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Atividades científicas e de educação ambiental do Inpa atraem atenção de estudantes

  • Publicado: Quinta, 27 de Agosto de 2015, 18h04
  • Última atualização em Quinta, 27 de Agosto de 2015, 18h16

O Circuito é realizado, no Bosque da Ciência, há 16 anos, e visa envolver, principalmente, a comunidade estudantil para difundir os conhecimentos dos trabalhos desenvolvidos pelo Inpa na Amazônia popularizando a ciência

Por Luciete Pedrosa (texto e foto) – Ascom Inpa

De forma lúdica e educativa, estudantes da rede pública de ensino são atraídos pelas atividades desenvolvidas pelo Circuito da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) para adentrarem no campo, muitas vezes árido, da ciência. Foi o que aconteceu nesta quinta-feira (27) em mais uma edição do projeto, a 6ª deste ano.

“O Circuito da Ciência é o maior projeto do Inpa de sensibilização ambiental e de popularização da ciência na Amazônia”, disse o coordenador do Circuito, Jorge Lobato.

Realizado normalmente na última sexta-feira do mês, o projeto foi antecipado em um dia por conta da homenagem que o Bosque da Ciência receberá na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), pelos 20 anos de fundação do espaço. A homenagem ocorrerá em sessão especial, às 9h, desta sexta-feira (28), no plenário Ruy Araújo. A autoria da homenagem é do deputado estadual Luiz Castro (PPS). 

Labato explica que o Circuito da Ciência recebe a cada edição cerca de 300 estudantes, numa caravana da ciência, integrando sociedade e meio ambiente. “O projeto reafirma o compromisso do Inpa para um novo olhar com a sociedade”. O Circuito é realizado, no Bosque da Ciência, há 16 anos, e visa envolver, principalmente, a comunidade estudantil para difundir os conhecimentos dos trabalhos desenvolvidos pelo Inpa na Amazônia popularizando a ciência.

O Circuito da Ciência se propõe a envolver estudantes da rede pública de ensino fundamental e médio. Há alunos que visitam e outros que também apresentam resultados de projetos de pesquisas desenvolvidos nas escolas de origem, por meio do Projeto Ciência na Escola (PCE), que trabalha com a alfabetização científica para os jovens. Nesta edição, o PCE participou com seis estandes.

Um dos projetos é o “motor stirling: uma alternativa de energia para a área rural de Manaus”, desenvolvido pela Escola Municipal Lucila Freitas, na Colônia Santo Antonio. O coordenador do projeto, o professor Claudio Vieira, explica o projeto é um resgate de tecnologias abandonadas. Utiliza um pequeno motor que substitui as velhas caldeiras que ofereciam o risco de explodir. “O invento funciona com um fluído de ar dentro do motor, além disso toda e qualquer fonte de combustão é utilizada pelo lado de fora do motor não oferecendo risco a quem manipula”. 

“A participação das escolas municipais no Circuito da Ciência socializa os conhecimentos que a secretaria desenvolve com pesquisas científicas”, disse a professora Socorro Freitas, coordenadora institucional do PCE pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

 

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Projetos

O Laboratório de Leishmaniose e Doença de Chagas do Inpa também participa do Projeto Circuito da Ciência mostrando aos alunos os cuidados com aquelas doenças. O estudante de Pibic no Inpa, Cassiano Lemos, repassa aos estudantes que a doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi e seu principal vetor é o inseto popularmente conhecido como barbeiro, por causa da preferência pela região do rosto onde costumar sugar sangue. “A infeçção da doença se dá pelas fezes eliminadas durante a picada dos vetores contaminados pelos tripanossomos”, explica.

Os alunos também aprendem sobre a Leishmaniose. A estudante de Pibic, Daniela da Silva Brito,  explica aos alunos que a doença não é contagiosa. “É transmitida pela fêmea do mosquito flebotomo. O vetor está concentrado nas matas e o homem ao adentrar nesses locais, seja de dia ou de noite e de forma desprotegida, pode contrair a doença”, explica a estudante.

Rio Preto da Eva é o município onde ocorre o maior número de prevalência da doença (número de pessoas infectadas em relação ao número de habitantes). Manaus e Presidente Figueiredo também registram casos de prevalência da doença.

Para a professora de ciência da Escola Estadual Ana Neire Marques da Silva, no Conjunto Galileia (bairro Nova Cidade), Alessandra Ferreira, a participação dos alunos no projeto Circuito da Ciência é uma forma lúdica de aprendizagem. “É uma forma de aprender fora da sala de aula. Os alunos estão muito curiosos sobre tudo o que estão vendo e isso é muito bom”, comenta a professora.

CircuitodaCiencia1FotoLucientePedrosaAscomInpasite

“Estou aprendendo como cuidar e preservar o meio ambiente e vou repassar esses conhecimentos que adquiri aqui no Bosque da Ciência para meus amigos que não puderam vir. Estou filmando tudinho”, disse o estudante Gênesis de Oliveira Rocha, da Escola Ana Neire Marques da Silva.

Participaram desta edição do projeto Circuito da Ciência, a escolas estaduais Ana Neire Marques da Silva (Nova Cidade), o Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Áurea Braga (Santo Agostinho), a escola Francisca de Paula Jesus Isabel (Conjunto Francisca Mendes) e Centro de Educação Berencice Martins (Mauazinho).

Parceiros

O Projeto Circuito da Ciência é uma realização do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) com o patrocínio da Petrobras e Moto Honda da Amazônia. Tem o apoio do Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), da Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e sustentabilidade (Semmas), do Laboratório de Psicologia de Educação Ambiental (Lapsea), da Associação dos Servidores do Inpa (Assimpa), do Serviço Social do Comércio (Sesc), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fametro, Universidade Nilton Lins, Uninorte, Coca-cola e Brothers.

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