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Pesquisador do Inpa é homenageado com Medalha do Mérito na área de engenharia, em Fortaleza

  • Publicado: Terça, 25 de Agosto de 2015, 15h03
  • Última atualização em Quarta, 26 de Agosto de 2015, 11h49

O objetivo da premiação é homenagear aqueles que de alguma forma contribuíram para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento da sociedade, desenvolvimento tecnológico e aprimoramento técnico das profissões que compõem o sistema Confea/Crea. Rogério de Jesus Rogério de Jesus é doutor em Ciências de Alimentos e líder da área de tecnologia de alimentos do Inpa

Por Luciete Pedrosa (texto e foto) – Ascom Inpa

Pelas relevantes contribuições ao longo de 33 anos dedicados ao aprimoramento técnico na área da pesca e aquicultura na Amazônia, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o engenheiro de pesca Rogério Souza de Jesus, será homenageado, no próximo dia 15 de setembro, com a Medalha do Mérito conferido pelo Sistema do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) em parceira com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).      

A cerimônia de premiação ocorrerá na cidade de Fortaleza (CE), durante a abertura da 72ª Semana Oficial de Engenharia e Agronomia (SOEA), que acontecerá de 15 a 18 de setembro. O objetivo da premiação é homenagear com a Medalha do Mérito aqueles profissionais que de alguma forma contribuíram para a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento da sociedade, bem como o desenvolvimento tecnológico e aprimoramento técnico das profissões que compõem o sistema Confea/Crea.

“Acredito que o prêmio é um reconhecimento pelo meu trabalho, desenvolvido há mais de 30 anos, na área de engenharia de pesca e no desenvolvimento da tecnologia do pescado aqui na Amazônia”, diz o pesquisador, que também é professor de pós-graduação no Inpa e Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e contribuiu na criação do curso de Engenharia de Pesca da Ufam, em 1988.  

O pesquisador Rogério de Jesus é doutor em Ciências de Alimentos e líder da área de tecnologia de alimentos do Inpa ligada à coordenação de Tecnologia da Inovação (Coti), atuando no desenvolvimento de novas tecnologias do pescado a partir das espécies nativas regionais, como o pirarucu oriundo de áreas de Reservas Extrativistas e também da piscicultura. 

Além disso, segundo o pesquisador, realiza o controle da qualidade do pescado de água doce da Amazônia: “Realizamos análises relacionadas com a composição e controle de qualidade dos alimentos, principalmente, os de origem animal”.

RogériodeJesusFotoLucietePedrosa

O pesquisador conta que também trabalha no aproveitamento de resíduos do beneficiamento do pescado para a elaboração de co-produtos. Um deles é o couro de peixe do tambaqui que pode ser utilizado na produção de vestuário e acessórios. Outra linha de pesquisa abrange o aproveitamento tecnológico do resíduo de pescado, como a pele, as aparas que sobram do filé, a carcaça, além de ossos, vísceras, nadadeiras e cabeça, tanto para alimentação humana quanto para o de animais, como frangos, porcos e peixes (rações).

Outro trabalho realizado foi o desenvolvimento de hidrolisados protéicos do pescado, uma substância extraída de resíduos de peixes, que serve para enriquecer outros produtos que possuem baixos teores de proteína. Pães e biscoitos, por exemplo, podem ser enriquecidos com essa proteína completa, como é a proteína do peixe, considerada muito mais rica que as proteínas vegetais, e que é facilmente assimilada pelo organismo humano.

“As proteínas vegetais não são completas como é a do pescado, que é comparada com a do ovo, que é a proteína padrão da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e é muito mais rica em termos nutritivos”, explica o pesquisador.

Para Rogério de Jesus, a pesca é uma vocação natural do Amazonas, pois o Estado tem as condições propícias para o desenvolvimento de uma atividade zootécnica produtiva, como a aquicultura que, segundo ele, representa o futuro para a economia da região.

De acordo com o pesquisador, o Amazonas é um dos maiores consumidores do pescado no Brasil com uma quantidade de consumo superior a 30 quilos de peixes por ano por pessoa, enquanto no Brasil o consumo é de 10 quilos por ano por pessoa.

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