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Brasil e Alemanha inauguram na Amazônia a maior torre de pesquisa ambiental da América do Sul

  • Publicado: Segunda, 24 de Agosto de 2015, 09h46
  • Última atualização em Segunda, 24 de Agosto de 2015, 17h07

A Torre Atto é um consórcio entre o governo brasileiro, por meio do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e o Instituto Max Planck da Alemanha e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

 

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Fotos: Ascom MCTI e Luciete Pedrosa - Ascom Inpa

 

A primeira e a maior torre de pesquisa ambiental da América do Sul, o Observatório de Torre Alta da Amazônia (Atto, na sigla em inglês) com 325 metros de altura foi entregue aos cientistas no último sábado (22) pelos governos do Brasil e da Alemanha.  

“A Torre Atto é uma grande conquista para a Ciência. O Brasil e a Alemanha celebram uma conquista importante”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aldo Rebelo, durante inauguração da torre.

Fincada no meio da maior floresta tropical contínua do planeta, a Torre Atto está localizada a 150 quilômetros em linha reta de Manaus, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, na região do município de São Sebastião do Uatumã. Instalada numa área de ambiente pristino, livre de qualquer tipo de poluição, a torre coletará dados precisos sobre a interação da floresta amazônica e a atmosfera.   

 

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A Torre Atto é um consórcio entre o governo brasileiro e a Alemanha, implementada pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Instituto Max Planck de Química e de Biogeoquímica e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O investimento foi na ordem de R$26 milhões, rateados em 50% para cada governo.

Construída com tecnologia nacional, tem o objetivo de monitorar o clima na região amazônica durante 20 a 30 anos a partir da coleta de dados sobre os processos de troca e transporte de gases entre a floresta e a atmosfera. As torres menores de 50 e 80 metros do Observatório, mas ainda acima da copa das árvores, funcionam há alguns anos com alguns equipamentos de medição e espera-se que até 2017 todos os equipamentos do Observatório estejam instalados.   

“Este é um momento simbólico e grandioso da torre onde a humanidade, o clima e o ambiente amazônico e do planeta estão dando um passo importante. E mostra que é possível ousar e, hoje, essa torre é a ousadia do possível no coração da floresta”, disse o diretor do Inpa, Luiz Renato de França, durante a inauguração.

 

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A Atto trará resultados inéditos em relação à física e à química da atmosfera desde a superfície da torre até os seus 325 metros, abaixo e acima da copa das árvores, além de suprir os pesquisadores com dados que antes só eram coletados por experimentos aéreos. Com a inauguração da torre, a ciência poderá ter um acompanhamento real dos dados numa estrutura imóvel e contínua durante 24 horas. Os dados são repassados ao Inpa e ao Instituto Max Planck de Química e de Biogeoquímica, além das instituições parceiras.

Para o responsável técnico da Torre Atto pelo Inpa, o pesquisador Antonio Manzi, construir uma torre no meio da floresta significou vencer muitos desafios. Ele explica que a torre precisa ser alta porque é medido o que o vento traz. “Aquela parcela de ar que será analisada teve a oportunidade de interagir com a superfície numa distância maior, explica o pesquisador”. “Uma torre de 325 metros representa centenas de quilômetros de distância. E essas informações são mais confiáveis”, complementou.        

O vice-presidente do Instituto Max Planck, Ferdi Schülth, disse que aquele era um momento importante para o Instituto Max Planck de Ciência, Tecnologia e de Biogeoquímica e também para o Inpa. Ele agradeceu às pessoas que possibilitaram a construção da torre por meio de financiamento e aos trabalhadores que deram o suor para que esta torre se tornasse realidade. “Agradeço também ao ministro Aldo e ao Ministério da Ciência e Tecnologia da Alemanha que se uniram para construir esta torre”, disse Schülth.

 

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Para o representante do Governo do Amazonas, o secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Seplanct), Thomaz Nogueira, ressaltou a capacidade de instituições de países distintos construírem soluções que dizem respeito às populações locais em algo relevante para todo mundo. “O Governo do Estado do Amazonas tem satisfação de participar desse empreendimento, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da UEA. Este é apenas o passo inicial de iniciativas dessa natureza”.

O ministro da embaixada da Alemanha no Brasil, Claudius Fischbach, também participou da cerimônia de inauguração da torre e disse que a Atto é um símbolo da cooperação científica entre o Brasil e a Alemanha e entre o Inpa e o Instituto Max Planck. “A torre terá uma importância no âmbito das pesquisas sobre mudanças climáticas. Desejo sucesso e longa vida à Torre Alta da Amazônia”.

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