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Conferência de leishmaniose encerra com debate da integração entre a Ciência, Tecnologia e Inovação com a biodiversidade amazônica e o PIM

  • Publicado: Quinta, 13 de Agosto de 2015, 18h26
  • Última atualização em Quinta, 13 de Agosto de 2015, 18h35

Segundo o pesquisador, a ideia original do Governo Federal ao criar o PIM, numa iniciativa de desenvolvimento para a região, foi com a intenção de transformar recursos naturais da Amazônia para o mercado nacional e internacional. “O que nunca aconteceu”, diz Clement

 

Texto e foto Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

 

Durante o encerramento da I Conferência Internacional em Leishmaniose Cutânea na região amazônica, nesta quinta-feira (13), no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o pesquisador do Inpa, Charles Clement, falou sobre a integração entre a Ciência, Tecnologia e Inovação com a biodiversidade amazônica e com o Polo Industrial de Manaus (PIM).

 

“O PIM pode fazer tanto quanto faz a Fapeam para desenvolver o Estado”, disse Clement, na mesa-redonda, que debateu sobre as “Estratégias para o incentivo de pesquisa e inovação na região amazônica: políticas de financiamento e contratação”.

  

O pesquisador representou o coordenador de Ações Estratégicas (Coae/Inpa), Luiz Antônio de Oliveira. Participaram também do debate a diretora-técnica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Andrea Waichman, representando o diretor-presidente René Levy Aguiar; e o diretor da Fiocruz Amazonas, Sérgio Luz.

 

 

O evento, que teve início na última segunda-feira (10), reuniu no Auditório do Bosque da Ciência do Inpa, até nesta quinta-feira (13), especialistas de várias partes do mundo para discutirem sobre novas perspectivas de pesquisas na área de inovação e tecnologia da doença. “Participaram pesquisadores que estão na história da leishmaniose e que conhecem a fundo os problemas que envolvem esta doença nos diferentes aspectos”, disse Franco, adiantando que a próxima conferência acontecerá na Bahia, em 2017.

 

Clement citou algumas atividades empresariais que usam a biodiversidade, como o agronegócio, a agricultura familiar, a agroecologia, a fruticultura, o manejo florestal, a bioprospecção e o ecoturismo.

 

De acordo com o pesquisador, o processo de transformar um componente da biodiversidade em um bom negócio não é tarefa fácil, especialmente numa região que não tem tradição de se fazer uma cadeia de produção e comercialização. “E quando se tem um gargalo a cadeia não funciona”, diz. “E esta é a principal razão da biodiversidade não contribuir para o Produto Interno Bruto (PIB) da Amazônia”, complementou o pesquisador, acrescentando que a biodiversidade nativa da Amazônia contribui com menos da metade de 1% para o PIB brasileiro.

 

Segundo o pesquisador, a ideia original do Governo Federal ao criar o PIM, numa iniciativa de desenvolvimento para a região, foi com a intenção de transformar recursos naturais da Amazônia para o mercado nacional e internacional. “O que nunca aconteceu”, ressaltou Clement. “Ao invés disso, o PIM está rodeado por cerca de 600 empreendimentos produzindo eletroeletrônicos”.

 

O pesquisador citou alguns itens importantes para se voltar à ideia original do PIM, como criar empresas com investimentos sérios; estimular os empreendedores e se ter um Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) revitalizado. “A ideia não era fazer pesquisa, mas ter um elo entre os pesquisadores e a indústria para transformar boas ideias de bancada em algo viável”.

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