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Inpa participa de conferência sobre segurança alimentar e nutricional na Aleam

  • Publicado: Quarta, 05 de Agosto de 2015, 14h55
  • Última atualização em Quarta, 05 de Agosto de 2015, 17h45

De acordo com a nutricionista e pesquisadora do Inpa, Dionísia Nagahama, a alimentação deve ser feita de acordo com a cultura alimentar da população, de forma sustentável e sem agrotóxicos e, sobretudo, deve garantir a autonomia dos povos

Por Caroline Rocha – Ascom Inpa

Foto: Clarissa Bacellar - Acervo Inpa

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) estará participando da 5ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional no Amazonas que começa nesta quarta-feira (05) à noite e segue até sexta-feira (7), na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), localizada na Rua Mario Ypiranga Monteiro, nº 3950, Parque Dez.

Com o lema “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania”, o evento busca encontrar estratégias para ações e iniciativas para atingir as metas de erradicação da pobreza extrema no país. Participarão do evento cerca de 2 mil convidados de todos os estados brasileiros, além de representantes indígenas, quilombolas, população negra, povo de terreiro e outros povos e comunidades tradicionais.

A programação está dividida em mesas-redondas, palestras, momento cultural e discussão, painel plenário e análise dos eixos temáticos. Confira a programação aqui.

Como parte da participação do Inpa no evento, a pesquisadora Dionísia Nagahama irá participar da Conferência nesta quinta-feira (6), na mesa redonda sobre “Comida de verdade: avanços e obstáculos para a conquista da alimentação adequada e saudável e da soberania alimentar”.

O Inpa também vai participar com ações de distribuição de folders de plantas alimentícias não-convencionais, por meio do grupo Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos Amazônico (Nerua); incentivo à criação de horta escolar, por meio do Projeto Escola Verde; exposição de tecnologias de alimentos com pescados e com frutas amazônicas para merenda escolar, com contribuição dos pesquisadores do Inpa, Nilson Carvalho, Jerusa Andrade, Francisca Chagas e Jaime Aguiar; além de exposições dos livros publicados pela Editora Inpa e o apoio da Coordenação de Extensão (Coex/Inpa).

 

Show das águas Manaquiri 2014 Foto Clarissa Bacellar Colaboradora Ascom Inpa

 

Soberania e segurança alimentar

De acordo com a nutricionista e pesquisadora do Inpa, Dionísia Nagahama, a alimentação deve ser feita de acordo com a cultura alimentar da população, de forma sustentável e sem agrotóxicos e, sobretudo, deve garantir a autonomia dos povos. “É o direito de um povo decidir sobre suas políticas estratégicas e suas condições de produzir e comercializar seus alimentos de acordo com sua tradição” esclarece Nagahama.

Os avanços nas políticas públicas de saúde, nutrição e segurança alimentar e nutricional fizeram com que o Brasil saísse do Mapa Mundial da Fome, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU). “Mas, a insegurança alimentar ainda é grave e persiste entre a população, onde o maior índice é na região Norte”, informa a pesquisadora.

Nagahama também destaca o papel pioneiro do Amazonas na distribuição de pescados nas escolas públicas do estado.

Saúde

Um fator preocupante, segundo Nagahama, é o aumento do sobrepeso e obesidade no país e a prevalência de doenças cardiovasculares (hipertensão e hipercolesterolemia), diabetes e câncer. Para a pesquisadora, uma das soluções para o problema crescente é “resgatar o consumo de alimentos da região, das plantas comestíveis ou tradicionais aliada a uma qualidade de vida saudável”.

Em geral, o brasileiro está mais preocupado com a alimentação saudável, entretanto, Nagahama explica que estudos feitos com estudantes entre 15 a 18 anos revelam que, um grupo pequeno, sabia como manter uma vida saudável através de boa alimentação e hábitos saudáveis, mas na prática ocorria o contrário. “Nesta idade eles não conseguem enxergar ou ter consciência das consequências”, destaca a pesquisadora.

“Os amazonenses além de não possuírem hábitos alimentares saudáveis, não procuram acrescentar verduras e legumes diferenciados no cardápio”, afirma a pesquisadora. Parte desses maus hábitos está associada ao primeiro ano de vida da criança, quando consomem leite em pó, sucos industrializados, biscoitos, refrigerantes e achocolatados. “Como nutricionista, o maior desafio é formar hábitos saudáveis na infância com a ajuda dos pais”, disse Nagahama.



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