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Inpa mostra no ProAmazônia a experiência exitosa de pesquisa desenvolvida no Alto Rio Negro

  • Publicado: Terça, 28 de Julho de 2015, 16h10
  • Última atualização em Terça, 28 de Julho de 2015, 16h10

O ProAmazônia é uma iniciativa do CMA e será realizado com 26 instituições parceiras do Brasil

 

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Como parte da programação do I Simpósio do ProAmazônia, foi apresentada na manhã desta terça-feira (28) a experiência científica exitosa do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia com o projeto Fronteira, desenvolvido em São Gabriel da Cachoeira e em Santa Isabel do Rio Negro, durante o período de 2005 a 2012. O evento teve início na segunda-feira e faz parte da programação de aniversário de 61 anos de implementação do Inpa.  

O ProAmazônia é uma iniciativa do CMA e será realizado com 26 instituições parceiras do Brasil. O Exército oferece as bases dos Pelotões de Fronteiras à disposição da comunidade científica para a realização de pesquisas numa faixa de 150 quilômetros de fronteiras entre os estados de Amazonas, Roraima, Acre e Rondônia.

De acordo com o coordenador de Extensão do Inpa, Carlos Bueno, o projeto Fronteira teve como objetivo implantar e consolidar um programa multidisciplinar e multi-institucional de pesquisa naquelas regiões. “Naquele momento já tínhamos a ideia de levar o projeto para outros municípios  próximos aos Pelotões de Fronteira onde poderíamos ter apoio do Exército”, conta o pesquisador.

O projeto Fronteira contou com o apoio do Exército Brasileiro para a geração de conhecimentos científicos sobre a biodiversidade daqueles municípios e implementou ações voltadas para as questões sociais e econômicas da região.

Para o coordenador, as ações que foram desenvolvidas no projeto Fronteira poderão ser levadas para outros municípios do Amazonas, assim como para outros Estados da Amazônia, a partir dessa discussão do Exército em conjunto com outros parceiros. “Esses resultados apresentados no projeto Fronteira servem como modelo do que pode ser desenvolvido com as multiplicações de atividades e de locais como se propõe o ProAmazônia”, explica Bueno.

“A partir daí, resultados fantásticos serão obtidos, tanto no conhecimento da biodiversidade com a descrição de novas espécies de plantas, de peixes e de aves, assim como oferecer informações para a política de desenvolvimento de cada município onde o ProAmazônia atuará”, diz Bueno.

O ProAmazônia é um programa de iniciativa do Comando Militar da Amazônia (CMA) e que propõe dar apoio a pesquisadores de todo o Brasil que queiram realizar pesquisas nas faixas de fronteiras.

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) também deu sua contribuição para o ProAmazônia mostrando as pesquisas que são feitas com relação a água. Para o professor Ingo Wahnfried, que estuda águas subterrâneas, o programa proposto pelo Exército para apoiar pesquisas nas áreas de fronteiras é de fundamental importância, porque, segundo ele, na área central da Amazônia só se conhece um pouco a respeito da qualidade da água e na fronteira esse conhecimento é inexistente.

“Esse programa vai gerar uma mão dupla no auxílio à produção de conhecimento da água, vai servir tanto para o conhecimento científico quanto para o uso dos Batalhões de Fronteiras. Com certeza, o Exército usa poços para o seu abastecimento, mas têm lugares em que este fornecimento de água não é tão seguro em termos de quantidade e de qualidade”, explica o professor.

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