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I Simpósio do ProAmazônia realizado no Inpa marca o início do programa para realização de pesquisa nas fronteiras

  • Publicado: Segunda, 27 de Julho de 2015, 17h57
  • Última atualização em Segunda, 27 de Julho de 2015, 17h57

O evento prossegue até nesta terça-feira (28), em período integral, e reúne a comunidade científica do Amazonas e de vários estados do Brasil, no Auditório do Bosque da Ciência do Inpa.

Por Luciete Pedrosa - Ascom Inpa

Foto: Fernanda Farias – Ascom Inpa

Temos que integrar as pesquisas e transformar esse conhecimento em recursos para o nosso país”, afirmou o general do Comando Militar da Amazônia (CMA), Theophilo Gaspar de Olivera, durante a abertura do I Simpósio do programa ProAmazônia, na manhã desta segunda-feira (27), no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). Segundo o general, este primeiro simpósio é o marco inicial do ProAmazônia. “E já começa muito bem, porque já temos as bases e a logística prontas”.

O ProAmazônia é uma iniciativa do CMA e será realizado com 26 instituições parceiras. O Exército oferece as bases dos Pelotões de Fronteiras à disposição da comunidade científica para a realização de pesquisas numa faixa de 150 quilômetros de fronteiras entre os estados de Amazonas, Roraima, Acre e Rondônia. O programa vem sendo elaborado desde janeiro deste ano e já foi apresentado em diversas universidades e instituições de pesquisas no Brasil.

Theophilo Gaspar explica que o ProAmazônia não é um projeto, porque todo projeto tem um início, meio e fim. “E não queremos que seja um projeto, mas, sim, um programa que tenha um início e não pare mais”, diz o general, exemplificando-o com o Programa do Calha Norte, criado desde 1985 com o objetivo de promover a ocupação e o desenvolvimento ordenado e sustentável da região amazônica com apoio das Forças Armadas.

O Exércio possui vários outros programas com atuação nos Pelotões de Fronteiras: o Amazônia Protegida, que investe recursos especificamente do Exército para os Pelotões de Fronteiras na parte de infraestrutura; o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfron), um sistema de vigilância na faixa de fronteira; o Amazônia Conectada, recentemente criado e que leva comunicação para as fronteiras via cabo subfluvial de fibra óptica; e o Proteger, um sistema de proteção das instalações estratégicas do país.

Ainda de acordo com o general, o ProAmazônia é o único deste conjunto de programas do Exército que trabalha com o conhecimento; “É preciso conhecer o que está por debaixo dessa floresta em termos de biodiversidade e geodiversidade”, ressaltou.

Em termos de recursos a ser investido no ProAmazônia, o general afirma que agora vai depender o que cada projeto vai querer pesquisar. “O resultado que se espera é conhecer o que temos e transformar esse conhecimento em produtos que rendam recursos para o povo do Estado do Amazonas”.

Na opinião do diretor do Inpa, Luiz Renato de França, a disponibilidade do apoio logístico do Exército para que os pesquisadores do Brasil possam realizar pesquisas nas fronteiras é fundamental e uma ideia grandiosa. “O Instituto abraçou essa iniciativa do Exército, porque é uma oportunidade imperdível de se fazer pesquisa nessas áreas e desenvolver a Amazônia e o Brasil”.

O diretor de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Guilherme Melo, afirma que é muito bem vinda a inciativa do Exército de colocar à disposição dos pesquisadores de todo Brasil e de todas as áreas de interesse para que possam fazer projetos em conjunto. “Já que o Exército tem as bases muito bem situadas nas áreas de fronteiras por que não anexar o CNPq no suporte que está sendo oferecido”.

Para o pesquisador do Inpa na área de biologia aquática, Efrem Ferreira, todo apoio das instituições interessadas em apoiar as pesquisas é bem vindo e necessário. “Principalmente, tendo em vista o grande espaço geográfico na Amazônia, onde o deslocamento nunca é fácil. Não temos estrada para fazê-lo via terrestre e, normalmente, precisamos fazer via barco”, diz o pesquisador, acrescentando que é importante se ter esse apoio que possa servir como base nessas áreas mais afastadas. “Ainda existem muitas coisas a serem descobertas e áreas onde nunca foram feitas nenhum tipo de coleta”, ressaltou.

Já o superintendente do Serviço Geológico do Brasil (conhecido como CPRM), Marcos Oliveira, que falará sobre os recursos minerais na Amazônia, nesta terça-feira (27), a integração das Forças Armadas com a comunidade acadêmica e os cientistas vai alavancar as pesquisas na região, principalmente, em projetos de longo prazo onde, que segundo ele, a dificuldade é ter recurso para manter os pesquisadores em campo. “É muito bem vinda essa iniciativa do CMA e agora é construir as parcerias individuais entre as instituições e o próprio Exército”.

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