Inpa e CMA promovem Simpósio do ProAmazônia focando pesquisas na área de fronteira
Pesquisadores e professores de várias instituições devem participar do evento nesta segunda e terça-feira, no auditório do Bosque da Ciência do Inpa. O evento também faz parte da programação de aniversário de 61 anos de instalação do Instituto
Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa
Foto - Eduardo Gomes – Acervo Ascom Inpa
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) apresentará nesta segunda e terça-feira (27 e 28), durante o I Simpósio do Programa ProAmazônia, o potencial de interação entre a expertise científica do Instituto e a estrutura logística do Exército para a realização de pesquisas nas regiões de fronteiras da Amazônia. Promovido pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), o simpósio será realizado no Auditório da Ciência do Inpa, das 8h às 17h, e faz parte da programação de aniversário de 61 anos de instalação do Instituto, comemorado no dia 27 de julho.
A finalidade do simpósio é apresentar as bases do programa e divulgá-lo no meio científico, além de debater as estratégias entre as 26 instituições parceiras para avançar na construção de um ambiente favorável e na atração de fomento para o desenvolvimento da pesquisa científica na Amazônia Legal.
A cerimônia de abertura acontece às 9h, seguida da palestra o “Programa ProAmazônia” do Comandante do CMA, o general de Exército Theophilo Gaspar. Ainda de manhã haverá a palestra “Desafios da Ciência, Tecnologia e Inovação”, do Diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Guilherme Sales de Melo, e “Ciências da Defesa em Defesa das Ciências”, pelo diretor do Museu da Amazônia, Ennio Candotti.
O diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, apresentará a palestra “ProAmazônia: sonhar e ousar é possível e o futuro é agora”, às 14h. França mostrará como o Instituto pode colaborar na execução do projeto, a partir da experiência científica que detém em diversas áreas do conhecimento.
“A Amazônia, em particular, nas regiões de fronteira, precisa desenvolver deforma mais acelerada e efetiva. E projetos ousados e nobres, como o ProAmazônia, representam uma excelente oportunidade para este desenvolvimento”, diz o diretor, acrescentando que o Inpa é um dos grandes parceiros do CMA para que o projeto seja bem-sucedido.
Na tarde de segunda, haverá outras três palestras. Às 14h40, o diretor da Fiocruz Amazônia Sérgio Luiz Bessa apresentará as “Perspectivas Científicas da Fiocruz Amazônia” e às 15h35 será apresentada o “Desenvolvimento Territorial na Amazônia e o Indice de Progresso Social - Comunidades Case: Território Médio Juruá” pela Gerente de Sustentabilidade e Programa Amazônia – Natura, Renata Puchala, e Luiz André Soares, da Coca-Cola. O fechamento será com o representante do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), João Frederico Cruz, que falará sobre o “Potássio do Amazonas: 3º Ciclo Econômico do Estado”.
Também participarão professores e pesquisadores de instituições potencialmente parceiras do programa, como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Natura e a Coca Cola.
Para o comandante do CMA, o general de Exército Theophilo Gaspar, a meta é tornar o ProAmazônia uma referência na área de pesquisa na região e combinar o crescimento regional com a sustentabilidade e conservação dos ecossistemas. “É preciso conhecer a Amazônia para protegê-la e para integrar as regiões distantes ao restante do país”.
Contribuições
Outra contribuição do Inpa para o ProAmazônia será a apresentação de uma matriz organizacional científica, semelhante a que foi usada na Rede CTPetro Amazônia. O coordenador de Ações Estratégicas (Coae) e vice-diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Antonio de Oliveira, explica que esta matriz organizacional foi testada e funcionou muito bem na Rede durante 12 anos.
“Neste programa serão agregados vários pesquisadores e instituições interessadas em desenvolver pesquisas, talvez, nas mesmas áreas e com os mesmos objetivos, e o uso de uma matriz organizacional evitará que haja duplicação desnecessária de esforços e investimentos”, explica Oliveira. “Para se ter um mínimo de organização foi criada essa matriz, na qual serão organizados os focos de pesquisas que poderão ser trabalhados no ProAmazônia”, completa.
As experiências do Inpa na região de São Gabriel da Cachoeira e em Santa Isabel do Rio Negro, durante os anos de 2007 a 2012, serão apresentadas no Simpósio do Programa ProAmazônia pelo pesquisador e coordenador de Extensão (Coex) do Instituto, Carlos Roberto Bueno.
O Projeto Fronteiras, que na época contou com o apoio do Exército Brasileiro, gerou conhecimentos científicos sobre a biodiversidade daqueles municípios, implementou ações voltadas para as questões sociais e econômicas da região. Além disso, resultou na elaboração de 19 materiais didáticos e o livro “Desvendando as fronteiras do conhecimento na região amazônica do Alto Rio Negro”, organizado pelos pesquisadores do Inpa Luiz Augusto Gomes de Souza e Eloy Castellón, contando aindacom a participação de mais de 30 pesquisadores.
Confira aqui programação.
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