Projeto que utiliza resíduos de madeiras da Amazônia e obras da Editora Inpa chamam atenção na SBPC
O Ukulelê (instrumento musical havaiano) está exposto no estande do instituto juntamente com várias obras da Editora Inpa, até hoje às 19h, na Expo T&C
Texto e foto: Fernanda Farias/Ascom Inpa
São Carlos (SP)
O projeto do Instituto Nacional de Pesquisas da (Inpa/MCTI) que utiliza madeiras caídas e resíduos de madeiras para a confecção de instrumentos musicais, foi destaque no estande do Instituto, na 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece até hoje (18), na Universidade Federal de São Carlos (SP).
Denominado “Construindo Instrumento Musical com Madeiras da Amazônia: Ukulelê”, o projeto é coordenado pelos Laboratórios de Engenharia de Artefatos de Madeira (Leam) e de Manejo Florestal (LMF), ambos do Inpa e tem o objetivo de capacitar jovens de escolas públicas na construção de instrumentos musicais e conscientizar os estudantes quanto ao valor da floresta e sua utilização de forma sustentável como fonte de renda.
O coordenador substituto do Bosque da Ciência, Ney Amazonas, explica que o projeto utiliza madeiras de árvores caídas e de processamento mecânico para a confecção. “O instrumento pode ser produzido também com madeiras de demolição, pois a coordenadora do projeto (a pesquisadora do Inpa Claudete Catanhede) nos fala que todo esse resíduo tem o mesmo valor das madeiras que são comercializadas”, disse.
O projeto tem o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Amazonas (Fapeam) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e já rendeu grandes frutos para todos os envolvidos, como a apresentação da Camerata de Ukulelê, formada pelos alunos de escolas públicas do município de Manacapuru (AM), no Teatro Amazonas, monumento histórico do Estado.
Editora Inpa
Durante a visita ao estande do Inpa, os participantes encontravam várias obras expostas da Editora do Inpa. Segundo a gerente administrativa da editora, Shirley Cavalcante, os visitantes se mostram muito curiosos em relação aos livros. “Muitas pessoas que visitam o estande conhecem a Amazônia apenas pela mídia, e quando eles veem que existem várias obras sobre pesquisas na região eles ficam querendo saber cada vez mais sobre as pesquisas”, comentou.
Como foi o caso do professor de Biologia do cursinho da USP de Ribeirão Preto, Moysés Elias Neto, que destacou a importância dos institutos investirem mais na divulgação de suas pesquisas para a sociedade. “Eu trabalho com divulgação científica, e sempre falo para os meus alunos sobre a importância de não somente produzir a ciência, mas também que é importante divulgar o conhecimento adquirido para a população, e esse é um dos papeis dos institutos de pesquisas”, comentou.
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