Pesquisador do Inpa debate sobre impactados das hidrelétricas na Amazônia durante a 67ª SBPC
Philip Fearnside citou as hidrelétricas do Rio Madeira, Tapajós e Belo Monte e seus impactos socioeconômicos
Por Josiane Santos - Colaboradora Ascom Inpa
Foto: Daniel Jordano – Agência Fapeam
São Carlos (SP)
O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia(Inpa/MCTI) Philip Fearnside palestrou sobre os impactos das hidrelétricas construídas na região amazônica na tarde desta sexta-feira (17) durante a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que acontece na Universidade de Federal de São Carlos (UFSCar).
A exemplo, o pesquisador mencionou a hidrelétrica de Santo Antônio e Jirau no Rio Madeira em Rondônia causou impacto negativos à população de peixes, comunidades local e em países vizinhos.
“No caso de Rondônia, acima das barragens, primeiro se alongou grande trechos dos rios uma área com muitas cooperativas de pesquisadores. Cada membro representa uma família, e simplesmente perderam o meio de subsistência, causando problema social. O rio Madeira é um dos rios com mais diversidade de peixes no mundo e esse impacto vai bloqueando a migração dos bagres para Peru e Bolívia”, destacou.
Estudos e artigos escritos pelo pesquisador Fearnside estão reunidos nos dois volumes do Hidrelétricas na Amazônia: impactos ambientais e sociais na tomada de decisões sobre grandes obras da Editora INPA.
O livro traz trabalhos recentes sobre as cinco maiores hidrelétricas existentes hoje na Amazônia Legal (Tucuruí, Balbina, Samuel, Santo Antônio e Jirau), além de duas barragens menores (Curuá-Uma e Jatapu), duas em construção (Teles Pires e Belo Monte). Os capítulos incluem discussões dos principais planos para desenvolvimento hidrelétrico futuro, por exemplo, nas bacias dos rios Xingu, Tocantins/Araguaia, Madeira e Tapajós.
O volume 1 desta obra já está disponível para download no link http://philip.inpa.gov.br ou pode ser adquirido no site da Editora INPA. O volume 2 estará disponível somente no próximo ano.
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