Edição especial do Projeto Circuito da Ciência do Inpa marca a volta às aulas

De acordo com o coordenador do projeto, durante a realização do Circuito, os estudantes participam de exposições e jogos educativos com o objetivo de despertá-los para um novo olhar do ponto de vista ambiental e conscientizá-los da importância da ciência no seu dia a dia.

Luciete Pedrosa (texto e foto) – Ascom Inpa

Para comemorar a volta às aulas da rede pública de ensino, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) abriu as portas, na manhã desta sexta-feira (17), para receber cerca de 300 estudantes. Os jovens participaram de mais uma edição do projeto Circuito da Ciência. Esta é a 4ª deste ano e a 154ª realizada nos últimos 16 anos de existência do projeto.

Para o coordenador do projeto, Jorge Lobato, esta é uma edição especial porque marca o retorno às aulas. “E o bom desse Circuito é essa internalização dos jovens dentro das atividades do Inpa, juntamente com seus parceiros”, diz Lobato.

Uma das novidades no Circuito é o aumento do número de projetos participantes do Programa Ciência na Escola (PCE), que passou de dois para quatro com expectativa de chegar a dez até outubro deste ano.

“É a alfabetização científica sendo estimulada. Isso é um ganho real para o projeto, porque a ideia de transferir os jovens para dentro do Inpa é despertar o interesse e vocações”, acrescentou o coordenador do projeto Circuito da Ciência.

Durante a realização do Circuito, os estudantes participam de exposições e jogos educativos com o objetivo de despertá-los para um novo olhar do ponto de vista ambiental e conscientizá-los da importância da ciência no seu dia a dia.

Participaram nesta sexta-feira os alunos das escolas estaduais Altair Severiano Nunes (Parque 10), Rosina Ferreira da Silva (Alvorada I), Antenor Sarmento Pessoas (Centro) e Antogildo Pascoal Viana (Novo Israel).

“Achei tudo interessante, principalmente, por ter visto de perto o peixe-boi e a ariranha”, disse o estudante da escola Antenor Sarmento Pessoa, José Israel Freire, que participou pela primeira vez do projeto Circuito da Ciência.

Já a professora da Língua Inglesa daquela mesma escola, Loren Batista, sentiu-se gratificada por ter participado pela primeira vez do projeto. “É importante interagir com os estudantes e mostrar uma nova concepção de ambiente”, disse a professora, acrescentando que se comenta durante as aulas sobre as riquezas naturais que temos, “mas nem sempre temos a chance de mostrá-las, como hoje aqui no Bosque”.  

Uma parceira do projeto Circuito da Ciência, a Moto Honda da Amazônia, demonstrou o que está fazendo para não poluir o meio ambiente com a Estação de Tratamento de Efluentes. “Este processo é realizado pela empresa dede 1979 e é capaz de tratar toda a água gerada na indústria e reutilizá-la novamente nos processos fabris”, explicou o assistente técnico, Eliaquim Nery.

Outro parceiro do projeto, o Serviço Social do Comércio (Sesc), levou para o Circuito a Sala de Ciência do Sesc. Neste estande, os alunos têm contato direto com os fenômenos e experimentos científicos e suas implicações no cotidiano. “Os estudantes aprendem que o conhecimento  científico é apresentado como parte do cotidiano de cada um”, disse a estagiária de Física, Bruna Garcia, que falou sobre o magnestismo dos ímãs.

O 27º Grupo de Escoteiros Amazonas também participou do projeto Circuito da Ciência. Segundo uma das coordenadoras do grupo, a akelá ou chefe dos lobinhos Antonia Prata, conta que este grupo de escoteiros já existe há 19 anos e possui cerca de 40 componentes. Eles se reúnem todos os sábados de manhã, no Bosque da Ciência.

De acordo com Prata, os escoteiros trabalham com a formação moral dos integrantes preparando-os para serem futuros cidadãos. “Nosso método abrange o trabalho social, emocional, espiritual, intelectual, além do desporto”.