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Circuito da Ciência: dez anos popularizando a ciência

  • Publicado: Sexta, 27 de Março de 2009, 00h00
  • Última atualização em Sexta, 12 de Junho de 2015, 11h48

 

Ascom

Projeto “Circuito da Ciência”, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), contribui com a sensibilização ambiental por meio da divulgação dos resultados das pesquisas produzidas no Instituto

            Toda pesquisa tem um fim social, por isso, ela não deve ser divulgada apenas em periódicos especializados. Entretanto, alguns cientistas têm em mente que divulgar a ciência deve ser apenas em revistas reconhecidas internacionalmente, Qualis A (nível de qualidade estabelecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes), e em inglês. Não que não seja importante! Contudo, será que o morador do bairro Aliança com Deus, em Manaus (AM), que não teve a oportunidade de cursar uma universidade e aprender outro idioma terá acesso às informações que podem ajudá-lo nas práticas diárias para a manutenção do meio ambiente? Com certeza não!

            O homem faz parte do meio ambiente. Toda e qualquer ação contra a natureza se voltará contra ele. Por isso, as Instituições de Ensino e Pesquisa (IEP) devem divulgar os projetos científicos desenvolvidos como forma de prestar contas à sociedade. Um exemplo de sucesso nesse processo de divulgação, educação e socialização do conhecimento científico é o projeto “Circuito da Ciência”. Realizado pela Coordenação de Extensão, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (COXT/Inpa), o projeto comemora neste ano 10 anos.

            Uma programação especial foi desenvolvida para recepcionar, amanhã (28), às 8h30, 300 pessoas das comunidades do Puraquequara, Compensa e São Geraldo, entre crianças, jovens, adultos e idosos. A primeira edição do ano será realizada no Jardim Botânico Adolpho Ducke, bairro Cidade de Deus, zona Leste.

            Ao longo de sua existência, mais de 25 mil pessoas tiveram acesso às informações científicas produzidas pelas Coordenações de Pesquisa do Inpa por meio do Circuito da Ciência. Promovido, mensalmente, no Bosque da Ciência (Inpa) e no Jardim Botânico, a atividade visa sensibilizar as pessoas sobre questões ambientais. Para isso, conta com a ajuda de professores, pesquisadores, estudantes, empresários, voluntários que auxiliam nas palestras, teatro de fantoches, oficinas, caminhadas nas trilhas, etc.

            Segundo o coordenador do projeto, Jorge Lobato, o Circuito da Ciência é uma importante ação de inclusão social e de popularização da ciência. Ele disse que o projeto ajudou o Inpa a abrir as portas à sociedade.

“São dez anos de Instituto junto às comunidades da periferia levando informações que tem ajudado na melhoria da qualidade de vida da população. Fruto da participação dos pesquisadores envolvidos no processo de popularização. Eles mostram à sociedade projetos na área de malária, dengue, leishmaniose, grandes bagres, educação ambiental, nutrição e qualidade da água”, salientou e acrescentou que o pesquisador participa diretamente, por exemplo, da encenação do teatro de fantoches.

            Mesmo se tratando de assuntos complexos, Lobato ressaltou que, é possível tratá-los de forma simples e lúdica. O retorno, segundo ele, vem depois quando os alunos, idosos, professores e as escolas, que participam do projeto, buscam o Inpa movidos pelo interesse em novas informações que possam ajudá-los em feiras de ciências, hortas comunitárias, plantio de mudas, visitas ao Bosque da Ciência.

            “Hoje, outras ações de sensibilização ambiental são desenvolvidas porque seguiram o exemplo do Circuito da Ciência. Há o Consciência Limpa, da Rede Amazônica, um dos parceiros do projeto. Além disso, escolas passaram a promover a coleta seletiva de lixo nos bairros que foram atendidos pela ação, afirmou.

            Lobato destacou que sem os parceiros nada disso teria sido possível, tanto das coordenações, divisões e laboratórios do Instituto, quanto de algumas empresas do Pólo Industrial de Manaus (PIM), do comércio local, da Prefeitura de Manaus e do Governo do Estado.

            Há cinco anos parceiro do Circuito da Ciência, o gerente de Gestão Ambiental da Moto Honda da Amazônia, Josué Campos, salientou que o projeto tem cumprido um importante papel de preservação ambiental da Reserva Adolpho Ducke. Isso porque a cidade cresce em direção a área e o projeto tem ajudado a conscientizar as pessoas sobre a necessidade de se conservar a reserva.

“Os potenciais invasores transformam-se em defensores da floresta e multiplicadores da informação que é repassada durante as atividades. É algo importante para a empresa e vamos continuar participando”, enfatizou.

            Desmistificar a ciência tem sido o papel do projeto, de acordo com o gerente de Comunicação e Segurança de Informações da Petrobras, Mauro Martinês, agregando valor no processo de sustentabilidade. “O grande legado, além do econômico, ambiental e social, é o conhecimento, o qual proporciona mudanças nas práticas sociais, que chamo de educomunicação (educar por meio da comunicação). É preciso dar condições ao homem para que ele mantenha a floresta em pé”. Ele disse que há cinco anos a Petrobras vem apoiando essa parceria.

Serviço:

Endereço do Jardim Botânico: Rua Uirapuru, s/n. Bairro: Cidade de Deus, Zona Leste.

Informações:

Jorge Lobato ou Francisco Cavalcante, ambos da COXT. 36433135/91128335

Programação

08:30 – Recepção dos alunos – (Animador cultural, JB e Ed. Ambiental do Inpa);

09:00 – Abertura oficial do evento;

09:30 – Alongamento (Fisioterapia Fametro);

09:40 – Caminhada nas trilhas;

10:00 – Lanche (Apresentação dos fantoches da Semmas “Cacau, o caramujo africano”);

10:20 – Circuito de atividades sócio-ambientais com:

1. Inpa com as atividades: malária , dengue, leishmaniose, nutrição, piradados;

2. Higiene bucal com oficina de pintura(sesi);

3. Palestra de divulgação do cozinha brasil do sesi (sala verde);

4. Fametro com o tema “com postura”;

5. Semmas;

6. Ufam;

11:30 – Grupo de fantoches Leishmaníacos Inpa (Flebotomíneo);

11:45 – Teatro do Sesi: “Julgamento Caboco”;

12:15 – encerramento (Animador cultural: Palhaço Gravata do Sesi);

12:30 – Distribuição de mudas (Semmas);

Por Luis Mansueto

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