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SBPC: Doenças tropicais é tema de palestra em Tabatinga

  • Publicado: Quinta, 19 de Março de 2009, 00h00
  • Última atualização em Sexta, 12 de Junho de 2015, 11h15

 

Ascom

Por Rosilene Corrêa, Tabatinga-AM

Um grupo formado por 60 pessoas, entre agentes municipais de saúde, estudantes do ensino fundamental e médio e alguns moradores da cidade de Tabatinga (AM), está recebendo informações importantes sobre a biologia, ciclo de vida e combate aos mosquitos transmissores de doenças tropicais, principalmente os de malária e dengue.

Eles integram o grupo do mini-curso “Doenças Infectocontagiosas na Amazônia”, que iniciou ontem (18) suas atividades com a palestra do pesquisador João Ricardo Rodrigues Maia da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT/AM).

Hoje (19), o pesquisador Wanderli Pedro Tadei, chefe do Laboratório de Malária e Dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), explicou aos participantes, através de duas apresentações, as formas de combate aos mosquitos, controle da proliferação e as formas de transmissão das doenças. “Queremos estimular o interesse dessas pessoas tanto na pesquisa, quanto no combate à malária, à dengue e outras doenças tropicais”, acrescentou.

Tadei explicou aos participantes que por ser uma cidade voltada para o rio Solimões, Tabatinga tem poucos casos de malária. “O mosquito que tem aqui em Tabatinga não é o mesmo que transmite a malária. Isso pode ser comprovado pelos baixos números de casos. O mosquito que transmite a malária não está associado às águas barrentas, e sim às águas limpas da região, no caso o rio Negro”, informou.

Segundo Tadei, os casos de dengue registrados na cidade são maiores que os casos de malária. Mas, segundo ele, a zona portuária é um local por onde o Anopheles darlingii está contaminado a cidade. “É bem interessante, pois Tabatinga era o nosso laboratório do dengue, e temos registrados alguns casos de malária. Analisamos a cidade e desde 1996 não há registro de dengue pelo mosquito predominante na região”, salientou.

O pesquisador afirmou que em todos os casos registrados foi feita uma investigação epidemiológica. Na ocasião, foi constatado que esses casos foram importados. “São pessoas que saíram de Tabatinga e foram contaminadas em outras localidades com o dengue”. Ele acrescentou que “hoje não podemos mais afirmar isso, existem as embarcações vindas de outras localidades, as quais trazem em seus porões mosquitos adultos ou nos chamados – defesos (pneus usados para proteger as embarcações), quando não há cortes, são grandes criadouros de larvas do Aedes aegypity”, alertou.

Amanhã (20), o grupo participará de uma aula prática, onde percorrerão a zona portuária da cidade a fim de mostrar os pontos onde, possivelmente, há problemas com a presença dos mosquitos da dengue, a zona limite entre a malária e a dengue, bem como estão essas duas situações.

“Provavelmente vamos ultrapassar a quantidade de hora/aula do curso. Por isso, as aulas serão estendidas até sábado. Não há problema, pois queremos possibilitar uma melhor qualidade de vida e, assim, minimizar os casos de dengue na cidade”.

Tadei também ressaltou a importância da participação dos agentes de saúde da região, além de representantes da Secretária de Saúde de Tabatinga no curso. “São eles que trabalham no combate a essas doenças aqui na cidade”, finalizou.

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