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União é saída para modelo de desenvolvimento sustentável

  • Publicado: Quarta, 18 de Março de 2009, 00h00
  • Última atualização em Sexta, 12 de Junho de 2015, 11h12

 

Ascom

Governo do Estado e comunidade científica precisam unir forças para criação de um sistema de ciência, tecnologia e inovação eficiente para a Amazônia

Por Rosilene Corrêa, Tabatinga - Am.

A cerimônia de abertura da 30ª reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) mostrou que a comunidade cientifica e o governo do Estado estão reunidos com um mesmo objetivo: a criação de um modelo de desenvolvimento sustentável para a região, a partir de um sistema eficiente de Ciência, Tecnologia e Inovação. A solenidade aconteceu nesta terça-feira (17), em Tabatinga. O tema do encontro este ano é “Conhecimento na Fronteira”. A reunião prossegue até sexta-feira (20).

Estiveram presentes autoridades locais, das cidades vizinhas e dos países que fazem parte da tríplice fronteira, por exemplo, o prefeito de Tabatinga, Saul Bernegui, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, o presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, a reitora da Universidade do Estado do Amazonas, Marilene Corrêa, o secretário de estado da educação do Amazonas, Gedeão Amorim, o secretario de ciência e tecnologia, José Aldemir de Oliveira, entre outros.

Todos enfatizaram a importância da realização do evento na cidade de Tabatinga, como o prefeito do município, que disse: “acredito que é através da ciência que podemos alcançar o desenvolvimento sustentável e racional que tanto almejamos. Muito obrigado por fazer de Tabatinga o centro brasileiro para o progresso da ciência” salientou Bernegui.

O secretário de ciência e tecnologia afirmou que a reunião tem duplo significado. “De um lado essa reunião possibilita trazer para o interior do Amazonas conhecimento, possibilita aproximar a ciência da população. Do outro, permite mostrar aos pesquisadores que não são do nosso Estado o que estamos fazendo aqui. O Brasil precisa conhecer o que se faz na Amazônia sobre ciência e tecnologia. É dessa forma que vamos construir um modelo efetivo de desenvolvimento sustentável para a nossa gente”, ressaltou Oliveira.  

Em seu discurso, Raupp enfatizou que a escolha de Tabatinga para sediar o encontro foi estratégica, pois considera a região extremamente importante para o desenvolvimento do país. Ele elogiou a organização da C,T&I do Amazonas e afirmou que com a reunião regional, a SBPC está iniciando um processo de cooperação com o governo estadual.

O governador do Amazonas proferiu a palestra de abertura da reunião, “Política de C,T&I para o desenvolvimento sustentável do Amazonas”. Durante sua explanação, ele lembrou que os desafios da Amazônia hoje são do tamanho da região: 1,4 milhões de km quadrados de reservas de floresta, 98% de floresta intacta, 50% do estoque de carbono, 16% da reserva de água doce, e cerca de 4 milhões de habitantes, segundo estatísticas do IBGE. ‘Esses habitantes necessitam de respostas governamentais para melhorar as suas condições de vida”.

Braga também disse que o programa de sustentabilidade da Amazônia baseia-se em cinco princípios: floresta vale mais em pé do que derrubada; a população é a verdadeira guardiã da floresta; a pobreza e a ineficiência na educação são os principais vetores do desmatamento; atividades tecnológicas para o uso adequado dos recursos naturais; e classificação dos recursos naturais entre renováveis e não renováveis. “Mas para seguir esses princípios, as políticas públicas sociais são de fundamental importância”, ressaltou.

O governador lembrou, ainda, que a Amazônia está sendo vítima das mudanças climáticas, e para enfrentar as conseqüências desses fenômenos é necessário formar recursos humanos em todos os níveis, investir em inovação tecnológica com um programa de estímulo ao empreendedorismo. Ele também abordou a necessidade de fomentar as redes de pesquisa e citou, como exemplo, a rede de pesquisa sobre malária e a rede de pesquisa sobre mudanças climáticas. Para o governador este é o único caminho para dar uma resposta a essa nova relação “homem-natureza”.

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