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Inpa apresenta tecnologias para reprodução de peixes na SBPC

  • Publicado: Quinta, 12 de Março de 2009, 00h00
  • Última atualização em Sexta, 12 de Junho de 2015, 11h10

 

Palestra será apresentada por pesquisadores do Inpa e do IIAP durante a reunião regional da SBPC, em Tabatinga.

Por Rosilene Corrêa – Ascom Inpa

Foto: Alexandre Honczaryk - CPAQ/Inpa

Apresentar soluções tecnológicas sobre manejo, reprodução e criação dos peixes amazônicos pirarucu, matrinxã e tambaqui. Esse será o tema abordado pelo pesquisador Alexandre Honczaryk, da Coordenação de Pesquisas em Aqüicultura do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (CPAQ/Inpa), durante a reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorrerá no município de Tabatinga, interior do Amazonas, no período de 17 a 20 de março.

Segundo o pesquisador, os estudos desenvolvidos no Instituto têm como objetivo fazer um diagnóstico sobre a piscicultura e identificar as potencialidades destas espécies. “A palestra terá como tema principal “o peixe”. Será uma forma de chamar a atenção da população daquela região para o que se pode obter de produtos originados do peixe”. Alexandre Honczaryk também salienta a importância das questões legais da piscicultura. “Tabatinga é uma região fronteiriça, na Colômbia se cria tilápia e no Brasil é proibido. Isso faz com que algumas espécies pescadas no Brasil sejam absorvidas pelo comércio da Colômbia. Algumas dessas características as pessoas têm que ficar cientes”.

A apresentação terá a participação de Carmella Rebaza Alfaro do Instituto de Investigaciones de la Amazonía Peruana (IIAP). “Iremos mostrar um pouco da experiência de cada um de nós, os estudos e o que está sendo desenvolvido sobre o assunto Reprodução do Pirarucu”. Para o pesquisador essa é uma ótima oportunidade de levar a população de Tabatinga informações importantes sobre o manejo, a reprodução e a criação do Pirarucu. “É importante abordar esses assuntos relacionados à questão da piscicultura, qualidade de água, genética, capacitação de recursos humanos, piscicultura legal, piscicultura comercial”.

Todas essas informações podem auxiliar os moradores que pretendem cultivar algum desses peixes, principalmente o pirarucu, que ainda é uma espécie pouco estudada. “Sabemos pouco sobre essa espécie, a reprodução é muito peculiar. Ainda estamos aprendendo a trabalhar com ele”.

“Todas essas informações são importantes a fim de apresentar soluções sustentáveis que diminuam o impacto ambiental e gerem renda para as comunidades da região”, acrescenta.

Um dos trabalhos realizados tem como foco descobrir melhores práticas de criação do pirarucu em cativeiro. “Abordar essa temática na região amazônica, cujo potencial econômico é grande se faz necessário”, salienta.

O pesquisador ressalta que para o desenvolvimento da piscicultura amazônica é necessário preencher algumas lacunas tecnológicas, pois existe ainda a falta de assistência técnica regular aos criadores, limitações de infra-estrutura e de insumos, e escassez de mão de obra especializada na região.

“A falta de informação sobre a biologia dessas espécies, principalmente a do pirarucu é extensa. Isso pode levar também à falta de conhecimento sobre técnicas de manejo, reprodução, alimentação e criação em cativeiro, bem como à falta de informações sobre diagnóstico, prevenção, tratamento e controle de doenças oportunistas e carências nutricionais das espécies cultivadas”.

As informações levadas ao público visam contribuir para o desenvolvimento da piscicultura regional, aumentar e diversificar a produção de produtos. “Dessa forma podemos orientá-los sobre essa atividade econômica, suas potencialidades e os principais obstáculos ao seu desenvolvimento” conclui.

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