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Dia Internacional da Mulher: Ensaio Reflexivo.

  • Publicado: Sexta, 06 de Março de 2009, 00h00
  • Última atualização em Sexta, 12 de Junho de 2015, 10h56

 

Por Mário Bentes

 

A História da humanidade é a maior testemunha da luta das mulheres na conquista de uma situação de equilíbrio e justiça social, em que o sexo não fosse parâmetro para definir níveis de direitos ou deveres. No entanto, mesmo com a instituição da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no século XVIII, as diversas sociedades – baseadas em princípios culturais notadamente patriarcais – permanecem ainda hoje com boa parte dos mesmos paradigmas que se impuseram sobre as mulheres ao longo dos anos.

Prova disso está no fato de que as mulheres, em diversos países, não puderam exercer o direito ao voto – princípio básico que constitui a igualdade de cidadania nos sistemas democratas. No Brasil, tal direito foi conquistado somente em 1932, portanto quase dois séculos após a criação da “carta magna” planetária.

Hoje, o que a sociedade ocidental chama de “Dia Internacional da Mulher” é, e precisa ser, muito mais que uma data comemorativa abraçada pelo mercado consumidor capitalista. Trata-se de um emblema, um símbolo resultante de inúmeros exemplos de luta por parte das mulheres através dos séculos. Dessa forma, o dia 08 de março – instituído oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) – tem algo a mais a oferecer à humanidade: a reflexão.

A origem

No dia 8 de março de 1857, operárias têxteis de uma fábrica nova-iorquina iniciaram uma greve para reivindicar a redução de seis horas na jornada diária de trabalho, que se estendia por mais de 16 horas. O pagamento das mulheres, no entanto, era cerca de dois terços menor que o concedido aos homens – pelo mesmo ofício. Depois de ocuparem as instalações da fábrica, as grevistas foram trancadas e a empresa incendiada como forma de retaliação dos industriais. Naquele dia, 130 mulheres foram assassinadas por reivindicarem melhores condições de trabalho.

Ainda nos Estados Unidos, desta vez em 1903, foi criada a Women''''s Trade Union League, entidade que tinha como meta organizar as trabalhadoras na defesa de condições dignas de trabalho e vida. Cinco anos depois, mais de 14 mil trabalhadoras marcharam nas ruas de Nova Iorque para reivindicar o mesmo que as operárias de 1857 e além: o direito de voto.

Finalmente, em 1910, durante uma conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, decidiu-se pela criação do Dia Internacional da Mulher, em homenagem às trabalhadoras de 1857. Tal fato serviu de subsídio para que a ONU instituísse a data de modo oficial.

Estes são apenas alguns dos incontáveis atos protagonizados pelas mulheres que, por todo o mundo, seguem em sua permanente luta por respeito e oportunidades iguais no mercado de trabalho e na sociedade.

Que esta data sirva como registro de uma história de muitas vitórias, mas também de um alerta de que ainda se tem muito a conquistar.

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