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Pesquisador alerta sobre desmatamento no entorno de rodovias

  • Publicado: Quarta, 04 de Março de 2009, 00h00
  • Última atualização em Sexta, 12 de Junho de 2015, 10h46

 

Para Philip Fearnside, fator precisa ser levado em conta pelo governo.

Estradas levam outros atores de devastação à floresta, diz pesquisador.

Por: Dennis Barbosa

Do Globo Amazônia, em São Paulo

Há tempos ambientalistas apontam as rodovias como rotas que levam o desmatamento às diferentes regiões da Amazônia. O mapa com os focos de desmatamento mais recentes detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) parece comprovar esta teoria: as áreas de devastação se concentram ao redor de estradas como a Transamazônica, a BR 163 (Cuiabá-Santarém) e a BR-364.

“Isso é algo conhecido em muitos estudos. A estrada é algo que acelera o desmatamento fortemente”, afirma Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Em sua opinião, o governo precisa ter muito claro que a construção de rodovias é um fator fundamental para definir se em determinada região haverá desmatamento ou não, já que elas trazem todos os outros atores que contribuem para a destruição, como a especulação imobiliária, madeireiros, grileiros, entre outros. “Eles têm de levar em conta que esse é um processo que parte de uma decisão do governo”, diz.

Fearnside cita como exemplo o que aconteceu com a BR-364, que cruza Mato Grosso e Rondônia, rumo ao Acre. Asfaltada no começo dos anos 80, abriu uma grande frente de destruição, segundo Fearnside: “Hoje, em Rondônia, praticamente tudo que não está em reservas está desmatado”.

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