Menção Honrosa Rio Negro: verdades em poesia

Ascom Inpa

Em noite de grande emoção, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), realizou nesta terça-feira (14), a Cerimônia de outorga da Menção Honrosa Rio Negro

Por Wallace Abreu

“Quero neste momento tomar as palavras do nosso grande poeta Thiago de Melo que diz ‘fica decretado que agora vale a verdade, agora vale a vida, e de mãos dadas trabalharemos todos pela vida verdadeira’”, essas foram as primeiras palavras do diretor do Inpa, Adalberto Val.

A mesa foi composta pelo Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia e diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Odenildo Teixeira Sena; pelo representante do prefeito Amazonino Mendes, Secretário Executivo da Bolsa Universidade, Rony Siqueira; pelo diretor do Inpa, Adalberto Val; e pelo membro do Conselho Técnico Científico do Inpa, Célio Ubirajara Magalhães Filho. Este ano, os homenageados foram Edson Lessi, Jacob Palis e Phellipe Daou.

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A Menção Honrosa Rio Negro foi instituída em 2008 com a finalidade de reconhecer e homenagear brasileiros ou estrangeiros que tenham se destacado ou prestado relevantes serviços ou contribuído e incentivado ao desenvolvimento da pesquisa científica na Amazônia.

As atuações dos homenageados e suas contribuições à sociedade foram destacadas por Adalberto Val. “Lessi foi mais que um professor, foi um exemplo de perseverança no Brasil e no exterior. Phellipe Daou, um homem de visão, que procurou implementar a infraestrutura necessária para um desenvolvimento válido. Palis é destaque representando a ciência não só no Brasil, mas do Brasil no exterior, tendo sido recentemente agraciado com um dos maiores prêmios internacionais da área científica”, comenta Val.

Odenildo Sena proferiu em seu discurso um breve resumo da vida dos homenageados deste ano. “Meus cumprimentos ao Dr. Lessi pelo seu espírito e inventivo, à demonstrar o quanto é possível tirar proveito da nossa rica biodiversidade em prol do interesse da sociedade. Ao Dr. Phellipe Daou pelas grandes obras que fez acontecer nesta cidade e neste estado, por ter sido um grande parceiro da divulgação científica através de sua rede de comunicação. Meus cumprimentos também ao Dr. Palis que inovou de forma muito extraordinária a Academia Brasileira de Ciências (ABC). Foi ele o responsável de abrir a ABC à sociedade além de criar mecanismos de interlocução permanentes entre a ciência e a sociedade”,ressalta Sena.

“Depois de muito tempo retorno a esta casa e é com um imenso prazer que o faço. No final da década de 80, por muitas vezes estive aqui travando algumas lutas positivas ao conhecimento científico e conseguimos grandes vitórias à nível nacional com pesquisas dentro desta casa. E é com muito orgulho que hoje estou aqui para também prestar minha homenagem ao Dr. Edson Lessi, ao Dr. Phellipe Doau e ao Dr. Jacob Palis”, relata Siqueira.

Jacob Palis, atendendo uma convocação da Presidência da República para discutir ações na área de C&T para 2011, não pode comparecer a solenidade. Em contato telefônico com o diretor do Inpa, Palis explicou os motivos de sua ausência e pediu para receber pessoalmente a comenda. O pedido foi aceito pelo diretor do Inpa que estudará como atendê-lo.

O evento contou com a participação do coral do Inpa “Amazônia Em Canto” formado por funcionários e pesquisadores do Instituto que apresentou músicas do cancioneiro amazônico e do Grupo Musical Sete com a execução do Hino Nacional.

O diretor do Inpa encerra expressando sua grande admiração aos homenageados. “Thiago de Melo diz em seu Estatuto do Homem que ‘fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, tem direito a convertessem em manhãs de domingo’. Cada um deles, Dr. Lessi, Dr. Phellipe e Dr. Palis, durante suas vidas, tentaram por diferentes caminhos transformar terças cinzentas em domingos ensolarados. Por isso só temos à agradecer profundamente o suor do trabalho destes senhores”, conclui Val.