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Inpa é finalista do prêmio Finep de Inovação 2010

  • Publicado: Segunda, 08 de Novembro de 2010, 00h00
  • Última atualização em Sexta, 05 de Junho de 2015, 09h48

 

Ascom Inpa

O Instituto é um dos três finalistas da categoria Instituição Científica e Tecnológica, sendo selecionado entre 82 inscritos na etapa regional do prêmio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)

Por Eduardo Gomes

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) está entre os três finalistas da região Norte do prêmio Finep de inovação 2010, na categoria instituição científica e tecnológica, com a pesquisa que estuda o “Processo de obtenção de Zerumbona dos rizomas de gengibre amargo (Zingiber zerumbet) como fonte de matéria prima para biofármacos e biocosméticos de potencial econômico”, desenvolvida pelo pesquisador Carlos Cleomir de Souza Pinheiro, que está à frente da Coordenação de Pesquisas em Produtos Naturais (CPPN) do Instituto.

O resultado e entrega de troféus acontecem amanhã (9) de novembro, às 19h, no auditório Gilberto Mendes de Azevedo, Av. Joaquim Nabuco, 1919 – Edifício Raimar Aguiar, no centro de Manaus-AM. Os primeiros colocados regionais irão concorrer à etapa nacional, com a premiação no dia 29 de novembro em Brasília (DF).

Os vencedores da etapa regional receberão recursos do programa de subvenção econômica, que variam de R$ 120 mil a R$ 2 milhões, dependendo da categoria premiada e a premiação deve ser usada no desenvolvimento de projetos nas áreas de ciência e tecnologia. Vale ressaltar que o Estado do Amazonas lidera a disputa, com 11 concorrentes, dos 82 inscritos na edição regional.

Neste ano, o prêmio recebeu 885 inscrições vindas de todas as regiões do país: Norte, 82; Nordeste, 159; Centro-Oeste, 113; Sudeste, 307; e Sul, 224. Os participantes foram distribuídos nas seguintes categorias: Instituição de Ciência e Tecnologia, Micro e Pequena Empresa, Média Empresa, Grande Empresa, Tecnologia Social e Inventor Inovador (apenas para candidatos com patente depositada no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial e efetiva comercialização de suas criações nos últimos três anos) e Gestão da Inovação.

Nos últimos nove anos, a Finep investiu cerca de R$ 484 milhões na região Norte. Foram apoiados aproximadamente 350 projetos, sendo quase a metade no estado do Amazonas, entre financiamentos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos), incluindo a Subvenção Econômica, e operações de crédito, com juros subsidiados.

As maiores contribuições foram destinadas para pesquisas desenvolvidas por fundações, instituições de ciência e tecnologia e universidades, contemplando mais de 90% dos recursos. Os estados que estão na disputa pela etapa nacional são Amazonas, Ceará, Paraíba, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.

Sobre a pesquisa

O composto Zerumbona, substância extraída dos rizomas do gengibre amargo (Zingiber Zerumbet) pode ser uma arma poderosa na cura do câncer, segundo afirma o pesquisador Carlos Cleomir, que há 22 anos estuda plantas com propriedades medicinais na região. Ele conseguiu obter um grau de 97,95% de pureza da Zerumbona, capaz de inibir ou bloquear células cancerosas, impedindo a proliferação do tumor maligno e conseqüentemente a invasão da doença.

Para chegar a conclusão dos efeitos benéficos do gengibre amargo sobre vários tipos de câncer, entre eles os de sangue, cólon, pele e fígado. Pesquisadores do Inpa estudaram durante dez anos até aperfeiçoar o grau de pureza da substância. Esses dados colocam o Instituto à frente em relação a outras pesquisas realizadas da Europa e na Ásia, pois segundo Cleomir, o máximo que se tem alcançado em outras pesquisas foi 37%, ou seja, um quantitativo baixo para possível produção industrial.

De acordo com Cleomir, o processo de industrialização do produto vai colaborar para os avanços na área da saúde. “Esse remédio será de grande importância para a sociedade, pois além de ser um forte aliado ao tratamento do câncer, ele também pode ser usado para auxiliar no tratamento da leucemia e até a Aids”, enfatizou.

Sobre o Pesquisador

Carlos Cleomir tem 55 anos, é o coordenador de Pesquisas em Produtos Naturais (CPPN) do Inpa. Formado em biólogo, fez mestrado em biotecnologia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e doutorado em biotecnologia pela Universidade Federal do Estado do Amazonas (Ufam).

Sobre o reconhecimento do trabalho desenvolvido, o pesquisador falou sobre a contribuição de pesquisas e instituições para a população. “Eu digo para as pessoas agradecerem a ciência, a instituição e ao poder público, que nos dá nesse caso, a oportunidade de mostrar o quanto a pesquisa pode fazer pela sociedade”, disse.

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