Bosque da Ciência do Inpa recebe estudantes para programação diferenciada na Semana do Meio Ambiente
Estudantes têm a oportunidade de conhecer de perto várias espécies de plantas e animais, entre elas a tartaruga e o mata-matá. No feriado desta quinta-feira, não há programação para escolas, mas o espaço ficará de portas abertas para receber os visitantes
Por Luciete Pedrosa (texto e foto) – Ascom Inpa
O Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) está de portas abertas desde a última segunda-feira (01) para receber os estudantes e o público em geral, numa programação especial em comemoração à Semana do Meio Ambiente. Até a próxima sexta-feira (5) cerca de quatro mil alunos da capital amazonense participarão de diversas atividades lúdico-educativas. O espaço de visitação pública da instituição também estará de portas abertas nesta quinta-feira, feriado de Corpus Christi (4).
“É de praxe todos os anos o Bosque da Ciência realizar uma programação especial em comemoração à Semana do Meio Ambiente, então, resolvemos trabalhar o tema e oferecer uma atividade diferenciada para as escolas e o público em geral”, comenta a coordenadora do Bosque, a bióloga Fernanda Reis.
A professora de História Rizomar Gemaque, do Centro Educacional Tancredo Neves, levou os alunos para realizarem uma pesquisa de campo e conhecerem o Bosque da Ciência. “Foi maravilhosa esta visita. Aproveitamos a oportunidade para participar da programação alusiva ao Meio Ambiente e ao mesmo tempo incentivar os alunos a preservarem a natureza”, disse.
Para o irlandês Timoty Johnston, que estava visitando o Bosque da Ciência pela primeira vez, o espaço oferece muitas oportunidades de aprendizado. “É um local bonito e tranquilo. Uma pequena floresta no meio da cidade de Manaus”, disse.
Pela manhã, as atividades ocorrem das 9h às 12h e, à tarde, das 14h às 17h. Os alunos que participam da programação realizaram atividades de pintura com focos nos sapos da Amazônia e a importância da água com os técnicos do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea/Inpa).
Os alunos também aproveitaram para conhecer o Centro de Estudos de Quelônios da Amazônia (Cequa), o primeiro centro especializado em estudos de quelônios de água doce do mundo. Neste local, os integrantes do grupo de pesquisas Tartarugas da Amazônia promovem atividades de educação ambiental e falam um pouco sobre a situação desses animais, que correm o risco de extinção.
“Por isso, o grupo de pesquisa foca nas pesquisas com essas espécies, além do tracajá, iaçá e irapuca, que são os mais conhecidos”, diz Fernanda Freda, uma integrante do grupo de pesquisa Tartarugas da Amazônia, acrescentando que estes animais são importantes para a natureza, porque são a base da cadeia biológica e ecológica e servem de alimento para vários mamíferos e répteis.
Cequa
Além de fonte de pesquisa, o Cequa foi criado demonstrar cada espécie de tartaruga da Amazônia. De acordo com Fernanda Freda, o Cequa está tentando fazer uma coleção dessas espécies para que a comunidade urbana possa conhecer esses animais. “Ainda têm pessoas que nunca viram uma tartaruga ou um mata-matá”, explica Freda.
A proposta do Cequa é estar de portas abertas para visitação de escolas e do público em geral para que possam conhecer e aprender sobre a importância das tartarugas no meio ambiente. O Cequa também tem pessoas disponíveis para ir até as escolas para fazer palestra sobre as tartarugas da Amazônia.
Outro integrante do grupo de pesquisa Tartarugas da Amazônia comenta que a diversidade de tartarugas é grande com aproximadamente 335 espécies de quelônios no mundo. O Brasil representa uma parcela significativa dessa biodiversidade, sendo que a Amazônia possui 18 espécies de quelônios de água doce.
“E isso representa uma grande oportunidade para os pesquisadores descobrirem e aperfeiçoarem o conhecimento acerca dessa biodiversidade. E estudar quelônios especificamente de água doce pode possibilitar um modelo biológico ideal para estudos relacionados a uma série de fatores ambientais”, diz Fábio Cunha.
Ele explica que os quelônios têm grande distribuição geográfica, diversidade de densidade populacional diferente, se alimentam de níveis tróficos diferentes, e têm uma morfologia muita diversificada. “Como exemplo, temos o a tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa), que possui o status de maior quelônio de água doce da América Latina.
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