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Inpa inicia curso de combate às doenças tropicais

  • Publicado: Quinta, 28 de Outubro de 2010, 00h00
  • Última atualização em Terça, 02 de Junho de 2015, 11h03

Ascom Inpa

O evento reúne estudantes e pesquisadores de todas as regiões do país, além de contar com a participação de palestrantes internacionais que debatem a temática do controle biológico de mosquitos na décima edição do evento

Por Eduardo Gomes

O combate às larvas e aos mosquitos transmissores de enfermidades tropicais, em especial a malária é o foco do X Curso de Vetores, Controle Biológico e Mudanças Climáticas realizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT). O evento que iniciou na manhã desta quinta-feira (28) completa 10 anos de realização e faz parte do VII Seminários Avançados em Doenças Tropicais e Biotecnologia.

O curso é coordenado pelo pesquisador do Inpa, Wanderli Pedro Tadei, e pela pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz/RJ), Thania Guaycurus, e tem como perspectiva manter o acesso e o interesse ao curso, buscando a redução do índice de malária na região Amazônica. A iniciativa segundo a coordenação é a certeza da melhoria da qualidade de vida do ser humano, relacionado à manutenção de ecossistemas naturalmente preservados.

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Para Tadei, o curso possui um olhar voltado para os serviços prestados à sociedade, e isso ajuda na compreensão da responsabilidade de cada um. “Esse curso nessa ótica voltada para os serviços, conseguiu aprimorar os agentes de saúde e esse procedimento dentro do curso faz com que eles mudem o seu comportamento e entendam a sua responsabilidade”, esclareceu.

O evento recebeu nesta décima edição aproximadamente 500 inscrições, sendo selecionados cerca de 150 participantes, entre agentes e profissionais de saúde, estudantes de graduação, de iniciação científica, alunos de mestrado e doutorado, professores e pesquisadores, tanto da região Amazônica como de outras regiões do Brasil. O curso conta ainda com cerca de 30 palestrantes nacionais e cinco internacionais.

Dividido em três módulos, o curso acontece nesta quinta-feira (28) até sábado (30) no Hotel Adrianópolis, localizado na rua Salvador – bairro de Adrianópolis. Os seminários avançados e minicursos acontecem domingo (31) e segunda-feira (1) no Inpa, já as atividades em campo acontecem quarta-feira (2) e quinta-feira (4), onde os participantes poderão realizar analises, coletas e monitoramento de mosquitos.

Para a pesquisadora da Coordenação de Pesquisas em Ciências da Saúde (CPCS) do Inpa, Joselita Santos, o curso é uma ótima oportunidade para discutir os problemas enfrentados sobre as endemias, na intenção de gerar políticas públicas. “É um curso que aproxima a ciência, ou seja, a pesquisa aos serviços públicos. É esse o objetivo, não é só a ciência, existe também a extensão, a sociedade para quem precisamos transmitir os resultados”, disse.

Sobre o curso

Ao longo dos dez anos de evento, cerca de 400 palestrantes brasileiros e internacionais foram convidados a participaram do curso ministrando temas relacionados às áreas temáticas do curso. Vale ressaltar também, que ao longo das edições anteriores do curso foram realizadas expedições pelos rios Negro e Solimões, proporcionando aos estudantes treinamentos práticos, visando adquirir melhores conhecimentos sobre a prevenção e estratégias ao controle dos vetores transmissores.

Tadei adiantou que outras edições do evento também serão realizadas em outros municípios do Amazonas, na intenção de atingir todas as localidades e todos os públicos. “Vamos ter um edição deste curso em São Gabriel da Cachoeira, pois queremos atingir os agentes de saúde e os comunitários de origem indígena, que estão encarregados pelo controle, diante de outra realidade, onde as técnicas precisam ser adaptadas as condições de vida daquelas comunidades” afirmou.

A malária atinge todo o planeta e infecta cerca de 500 milhões de pessoas todos os anos, ou pelo menos 10% da população mundial, além de ser considerada a doença parasitária mais importante do mundo, tendo matado mais de um milhão de pessoas todos os anos. Vale ressaltar também outros igualmente letais, como os vetores da dengue, febre amarela, doença de chagas, oncocercose e leishmaniose.

Reconhecimento

Na solenidade de abertura, aproximadamente 14 pesquisadores foram homenageados pela contribuição de seus estudos, que colaboram com a solução de problemas da sociedade. O diretor-executivo da Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FDB), José Seráfico, homenageou In memória o ex diretor da mesma Instituição e fundador-dirigente da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM), Heitor Dourado.

Foram homenageados ainda os pesquisadores Marcelo Jacobs, Oswaldo Marinotti, Norbet Becker, Bernardo Cardoso, Iléa Brandão, Joselita Santos, Miriam Rafael, Paulo Pimenta, Thania Guaycurus, Valéria Pinheiro, Vera Scarpassa e o coordenador do evento Wanderli Tadei, que estarão palestrando nesta edição do evento.

Representando os pesquisadores e pesquisadoras homenageados, Joselita mostrou-se muito honrada, declarando que o reconhecimento é resultado de muito esforço de todos os pesquisadores e afirmou ainda que é possível fazer muito mais pela ciência. “Estou imensamente agradecida, acredito que assim como os outros homenageados, ainda temos muito a fazer pela pesquisa. Esse curso serve exatamente para mostrarmos os resultados das pesquisas que realizamos em laboratórios”, declarou.

Parcerias e popularização

O evento conta com a parceria de instituições que viabilizam a realização do curso, por meio de oferta material ou infraestrutura operacional, como da Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas (FVS) do controle administrativo exercido pela FDB e de instituições financiadoras com a Petrobras e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Instituições Governamentais também tem contribuído em diferentes momentos para a realização do curso, como o Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

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