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Interciência 2010: “O ponto principal é a educação”

  • Publicado: Quarta, 27 de Outubro de 2010, 00h00
  • Última atualização em Terça, 02 de Junho de 2015, 10h58

 

Ascom Inpa

O encontro foi encerrado com uma apresentação de considerações e recomendações obtidas durante todo o evento, que gerará a “Carta de Manaus”

Por Clarissa Bacellar

O Simpósio Internacional Interciência deste ano realizado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Interciência em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) encerrou hoje (26) o ciclo de palestras que debatiam sobre o futuro da Amazônia.

O painel desta terça-feira (26) “Desafios ambientais” abrangeu exposições sobre diversidade cultural, saúde, biodiversidade e desenvolvimento sustentável e bio-inovação para as Américas. Segundo a professora mexicana Mayra De La Torre, do Centro de Pesquisas para Alimentação e Desenvolvimento (CIAD), “a plataforma da inovação em biotecnologia é formada por quatro grandes influências: Governo, Universidades, Empresários e a Sociedade civil”, que representam as ferramentas essenciais para as mudanças propostas se concretizarem.

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Outros temas debatidos foram: “O papel da Embrapa em bens e serviços para a Amazônia” ministrado por Tatiana Sá da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); "Indústrias de extração mineral sustentável em um bioma sensível", explicitado por Roberto Villas-Bôas , do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem); e “Monitoramento florestal”, explicado por Dalton de Morisson Valeriano, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), todos moderados por Augusto Sánchez Valle, da Associação Boliviana para o Avanço da Ciência (ABAC) e pela pesquisadora Vera Maria Fonseca de Almeida e Val do Centro de Estudos de Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta), projeto do Inpa.

A pesquisadora Vera Val, afirma que o tema da reunião, “O futuro da Amazônia”, é muito ambicioso, mas é uma forma de chamar atenção sobre o que seria discutido. “A reunião tem um aspecto político muito importante, uma visão de cada sociedade para progresso da ciência de cada país se unindo em um continente das Américas para tratar de um assunto que é a Amazônia, o último reduto de biodiversidade ainda existente no planeta que ainda pode ser explorado”, expõe.

“Carta de Manaus”

A partir das palestras que aconteceram durante todo o simpósio foram elaboradas 16 recomendações, as quais os participantes irão analisar e fazer suas próprias observações e sugestões, e que posteriormente irão resultar na chamada “Declaração de Manaus”, ou “Carta de Manaus”. A carta deve atingir os oitos países amazônicos mais a Guiana Francesa.

“Nós entendemos que sem educação básica para todos, abrangente, inclusiva, nós não vamos avançar. Se nós queremos proteger essa região, se nós queremos os nossos países desenvolvidos, o ponto número um da nossa atenção tem que ser a educação básica e fundamental, abrangente, para todos e de qualidade”, explica Adalberto Val.

Impacto não é sinônimo de degradação

O foco das discussões é o desenvolvimento contemplado sem degradar o meio ambiente, sem prejudicar a economia a vida da população e com acesso a bens de serviço como educação, saúde, energia e outros aspectos importantes. “O professor Villas-Bôas colocou coisas interessantes sob o ponto de vista matemático, mas é muito difícil alcançar essa equação. Se formos pensar, todos os povos do mundo inteiro tentaram e não conseguiram alcança-la. Sobrou para nós essa tarefa. E é muito bom que todos se sentem juntos e ajudem a pensar”, comenta a pesquisadora.

Para o presidente da SBPC, Marco Antônio Raupp, o objetivo é que essas ações em ciência e tecnologia, abordadas no simpósio, sejam propostas que “realmente se transformem em ações concretas para a melhoria da sociedade, dentro de um espírito adequado a realidade da região”. Ou seja, a proposta é ter a capacidade de usar os recursos naturais com sustentabilidade, “sem destruí-los, porque esse é um patrimônio e nós queremos usá-los permanentemente”, finaliza.

“Obviamente, o futuro da Amazônia não depende apenas dessa discussão, mas ficamos bastante satisfeitos e acredito que é bem positivo o balanço da reunião”, conclui Vera Val.

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