Semana de C&T: Presença de campinas na Amazônia brasileira é tema de palestra
Ascom Inpa
Na manhã desta quinta-feira (21), durante a programação da 7ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), pesquisador apresenta resultados de pesquisa
Por Wallace Abreu
Uma nova visão da distribuição geográfica das campinas para a Amazônia brasileira é o tema abordado pelo pesquisador Carlos Cid Ferreira da Coordenação de Pesquisas em Botânica (CPBO) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCT).
“Para falar sobre este assunto é necessário que façamos uma viagem à origem da floresta Amazônica, um resgate teórico às formações vegetais e sua diversidade. Trata-se de um assunto ainda desconhecido pelo grande público. Poucos têm conhecimento sobre este assunto na Amazônia”, comenta Ferreira.
As campinas amazônicas se originaram da destruição de rochas do Escudo Guianense e estão diretamente ligadas aos antigos leitos de rios e espalhadas por toda a Amazônia brasileira. São chamadas de diversas formas, o que dificulta o trabalho de pesquisas teóricas.
“A campina é uma área de vegetação que se desenvolve sob a areia branca e tem sido objeto de discussão de inúmeros pesquisadores na busca de uma definição mais uniforme. Há uma média de 30 mil quilômetros de campina pela região Amazônica, áreas ricas com espécies da vegetação amazônica presente somente nessas regiões”, relata Ferreira.
Campina do Parque Estadual da Serra do Aracá (AM); Campina do Cantá (RR); Serra do Cachimbo (PA); Campina de Cruzeiro do Sul (AC); Campina do Inpa (AM); Campina de Porto Grande (AP); Campina de Vigia de Nazaré (PA); e Campina de Parintins (AM), foram algumas das fontes da pesquisa de Ferreira.
“Hoje as campinas passam por uma realidade cruel, máquinas sendo colocadas nessas áreas para extração de areia. As campinas hoje são resquícios do que era a região Amazônica”, conclui o pesquisador.
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