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Inpa realiza encontro sobre biocarvão em Manacapuru

  • Publicado: Quinta, 16 de Setembro de 2010, 00h00
  • Última atualização em Quarta, 27 de Maio de 2015, 10h32

 

Ascom Inpa

Cientistas do Brasil e do exterior vão conhecer as pesquisas feitas pelo Inpa em Manacapuru, interior do Amazonas. O Instituto faz parte de uma rede que estudo a utilização deste carvão feito em laboratório para auxiliar na agricultura da região.

Por Daniel Jordano

Pesquisadores de várias Instituições do Brasil e do mundo vão participar a partir desta sexta-feira (17) de uma excursão a comunidade Costa do Laranjal, localizada no município de Manacapuru, interior do Amazonas.

O encontro é realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) e tem o objetivo de promover o intercâmbio entre os pesquisadores que atuam nos estudos com biochar ou biocarvão em português.

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O Biochar é uma espécie de carvão feito a partir da queima em laboratório de materiais verdes. Depois de produzido, o Biochar é enterrado para a fertilização do solo. Os especialistas ainda analisam quais espécies de plantas podem ser usadas no processo.

Segundo o pesquisador do Inpa responsável pelo encontro, Newton Falcão, as atividades em Manacapuru fazem parte da programação do 3º Encontro Internacional do Biochar, coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Solos/RJ) onde o Inpa faz parte do comitê científico. “Esse encontro ocorreu nos dias 12 a 15 deste mês no Rio de Janeiro que teve na primeira fase as palestras e debates. Agora como parte da programação os congressistas vêm ao Amazonas para conhecer o trabalho que desenvolvemos na Costa do Laranjal”, disse.

Projeto terra preta nova

A comunidade da Costa do Laranjal, assim como outras localidades da Amazônia, possui uma vasta área fértil conhecida como terra preta de índio. O local é utilizado há mais de 150 anos por várias famílias para o cultivo de hortaliças e espécies frutíferas.

De acordo com os especialistas, índios que moravam nessas regiões tinham o hábito de queimar de forma controlada materiais orgânicos como restos de alimentos o que produziu a terra preta, fruto de um longo processo histórico que pode ter ocorrido antes mesmo da chegada dos colonizadores à região.

Para Newton Falcão, a ideia é fazer com que os estudos permitam atingir um manejo de resíduos orgânicos como folhas, ossos e restos de alimento no solo. “Nós temos que fazer algo no sentido de manejar esses resíduos orgânicos e começar a construir a fertilidade do solo. Acreditamos que a chamada terra mulata, que é uma transição da terra preta de índio com o solo comum, é um fruto de um manejo que os índios faziam, inclusive, usando o fogo de maneira controlada e racional”, disse

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