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Código ambiental é discutido em palestra no Inpa

  • Publicado: Sexta, 03 de Setembro de 2010, 00h00
  • Última atualização em Quarta, 27 de Maio de 2015, 09h23

 

Ascom Inpa

A palestra enfatizou a necessidade da abertura de novas áreas destinadas à agropecuária e o uso mais eficiente da terra

Por Eduardo Gomes

O Programa de Grande Escala da Biosfera - Atmosfera na Amazônia (LBA) coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) realizou sexta-feira (3) a palestra "Radiografia e Modelagem Espacial do Uso da Terra no Brasil & Fragmentos de uma proposta de Novo Código Ambiental", ministrada pelo assessor científico da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE-PR), Arnaldo Carneiro Filho.

A palestra teve o objetivo de mostrar a real necessidade da abertura de novas áreas destinadas às atividades agropecuárias e que incorporação novas tecnologias para permitir o uso mais eficiente destas terras.

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O pesquisador explica que com o passar dos anos e as modificações do cenário agrícola é preciso rever algumas ações no código florestal. “Esse código foi concebido há mais de 50 anos. Hoje em dia o Brasil avançou e as paisagens mudaram, a tecnologia mudou e com isso conseguimos ter uma nova concepção da paisagem, que nos levaria pensar hoje sobre o código florestal em um outro recorte, tentando vinculá-lo a um recorte ecológico e funcional que são as bacias hidrográficas”, explicou.

Carneiro Filho estuda alternativas para um novo código ambiental no Brasil que possa efetivamente trazer de volta os ativos florestais perdidos ao longo de décadas. “Estamos fazendo uma radiografia da agropecuária no Brasil, identificando áreas que possuem baixa produtividade e depois em um esquema de modelagem, podemos propor que elas se convertam em florestas, sojas ou em cana, e com isso essas demandas de cultura não precisam se expandir sobre biomas naturais”, destacou.

O palestrante ressaltou que para atender as demandas de crescimento agrícola no país é preciso um bom planejamento. “As áreas agrícolas no Brasil ocupam quase um terço do país, ou seja, 300 milhões de hectares. Se olharmos para trás vamos ver uma produção de terra de baixíssima produtividade, que poderiam servir para atender outras demandas, como o crescimento de soja, álcool e inclusive da pastagem, sem prejuízo dos ecossistemas naturais e isso é possível no Brasil se nós tivermos um bom esquema de planejamento e gestão”, disse.

Sobre o palestrante

Arnaldo Carneiro Filho é pesquisador possui graduação em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz (1982), mestrado em Soil Survey And Remote Sensing Aplications, pelo International Institute For Aerospace Survery And Earth Sciences (1991), doutorado em Paleoecologia no Centre de Recherches Eco Géographiques (2002) e Pós-doutorado na Universidade de Wageningen. Atualmente é pesquisador do Inpa. Tem experiência na área de Ecologia da Paisagem e Paleoecologia.

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