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Aluno de iniciação científica do Inpa concorre a prêmio

  • Publicado: Terça, 31 de Agosto de 2010, 00h00
  • Última atualização em Terça, 26 de Maio de 2015, 10h09

 

Ascom Inpa

O Inpa realiza estudos sobre a genética molecular de peixes. Entre as espécies estudadas estão os bagres migradores, conhecidos popularmente como peixes lisos, que se encontram entre as de maior importância na pesca comercial da Amazônia

Por Clarissa Bacellar

O bolsista Adriel Lira Cordeiro, sob a orientação das pesquisadoras Kyara Formiga e Jacqueline Batista da Coordenação de Pesquisa em Biologia Aquática (CPBA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), realiza estudos com uma espécie de bagre, a piraíba capapreta (Brachyplatystoma capapretum), ou filhote capapreta, ainda com grande carência de estudos.

O trabalho de Adriel Cordeiro foi selecionado para concorrer ao prêmio de melhor iniciação científica do Brasil no 56º Congresso Brasileiro de Genética, que acontece de 14 a 17 de setembro, em Guarujá, São Paulo.

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“Meu interesse pela genética molecular surgiu no início da graduação, quando eu comecei a ter a disciplina. Em seguida procurei algumas instituições de pesquisa daqui de Manaus que trabalhassem com a área. Então soube que no Inpa trabalhavam com genética molecular, só que com peixe. Conversei com os orientadores, e surgiu a oportunidade da minha primeira bolsa no programa Iniciação Científica depois de um mês de estágio”, conta Cordeiro.

Baseado no projeto de pesquisa coordenado pela pesquisadora Jacqueline Batista e também executado por Kyara Formiga, “Biotecnologia diagnóstica aplicada ao manejo e a conservação dos Grandes Bagres Migradores de alto valor comercial na Amazônia”, o trabalho intitulado “Caracterização de Locos Microssatélites para Piraíba Negra (Brachyplatytoma capapretum, LUNDBERG & AKAMA, 2005), um bagre de alto valor comercial” está em fase de conclusão, desenvolvendo marcadores moleculares a serem aplicados na espécie.

“Desenvolvemos os marcadores agora na iniciação científica e posteriormente aplicaremos, para responder a questões biológicas deste recurso pesqueiro. Se a espécie tem alta ou baixa variabilidade genética, se possui uma ou várias populações distribuídas ao longo de sua área de migração, que é a Bacia Amazônica. Se observarmos, através desses marcadores, que a composição genética da espécie está totalmente fragmentada na natureza, com várias populações, então cada população necessitará de manejos distintos. Esse é o tipo de resolução que esse marcador pode trazer contribuindo para o conhecimento biológico da espécie”, explica Cordeiro.

Status do trabalho

O trabalho está em fase de levantamento e análise de amostras, para dar mais consistência à pesquisa. Cordeiro explica que os peixes coletados são feitos nos mercados e trazidos para o laboratório, logo depois são realizadas as análises. “Extraímos o DNA dessas amostras e aplica-se a ferramenta que desenvolvemos, por sua vez, copia esses segmentos de DNA e depois nós analisamos. Então, através desses perfis desse DNA nós vemos se ele muda muito entre os indivíduos coletados, de região para região. Essa ferramenta está se mostrando bastante eficiente nesse sentido”, esclarece.

O estudo conta com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e do Inpa com a infraestrutura, além do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (Procad/ Capes)da pós-graduação do Inpa com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Projeto Pirada

A pesquisa tem se mostrado importante principalmente para as comunidades pesqueiras, que aprendem através das oficinas do Projeto Pirada qual a relevância da comercialização dessa espécie. “Pirada” vem de: Piramutaba, Piraíba e Dourada, prefixo dos principais bagres com importância econômica no Amazonas.

É através desse projeto que os pesquisadores fazem trabalhos de extensão com escolas da rede pública, não só em Manaus como no interior, no qual fazem um ciclo de oficinas com o intuito de conscientizar a comunidade escolar no interior do estado que, na maioria ribeirinha, filhos de pescadores. “Nessa oportunidade nós vamos e divulgamos nosso trabalho, por meio de palestras, aplicação de um jogo didático, o Piradados, e de uma extração de DNA simplificada. E desta forma trabalhamos com a conscientização dessas populações baseados nas pesquisas que fizemos, para não ficar com as informações somente entre a comunidade científica”, completa.

A explanação oral dos cinco melhores trabalhos e o mais relevante leva o prêmio. A apresentação de Adriel Cordeiro será realizada dia 15 de setembro, e dia 17 sai o resultado.

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