Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Você está aqui: Página inicial > Últimas Notícias > Inpa realizou curso de ilustração botânica
Início do conteúdo da página
Notícias

Inpa realizou curso de ilustração botânica

  • Publicado: Sábado, 28 de Agosto de 2010, 00h00
  • Última atualização em Terça, 26 de Maio de 2015, 09h56

 

Ascom Inpa

O curso, direcionado a iniciantes, teve como objetivo despertar a admiração e um olhar mais atento a estrutura de plantas e sua relevância para a ciência

Por Clarissa Bacellar

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCT) recebeu de 23 a 25 desse mês a ilustradora botânica Maria Alice Rezende, que ministrou o curso “Ilustração botânica na técnica de grafite e nanquim” para adultos e foi realizado na sala de aula de Educação Ambiental no Bosque da Ciência.

Para o pesquisador Hugo Guimarães de Mesquita, participante do curso, em apenas dois dias de trabalho a ilustradora ensinou seus alunos a desenhar de maneira inacreditável. “Os desenhos ficaram lindos, representando as plantas dentro do maior rigor possível”, conta. Até mesmo para os iniciantes, como era a proposta do curso, o resultado foi satisfatório.

Siga o Inpa no Twitter

A turma de 11 alunos era formada por estudantes de pós-graduação, funcionários do Instituto e uma aluna do ensino fundamental, filha de Mesquita. “É para ela, desde criança, ver a beleza da natureza e saber sua importância”, comenta.

Os trabalhos dos alunos e da ilustradora estão sendo expostos hoje (28), com visitação aberta ao público, na Casa da Ciência, localizada no Bosque da Ciência, rua Otávio Cabral, Petrópolis.

A ilustração botânica

É uma forma de representação da natureza em detalhes, respeitando suas características. Ao observar uma planta atentamente, pode-se ver proeminências como folhas, pétalas e ramos lisos ou ásperos, cobertos por pêlos ou espinhos. Em relação às cores, pode-se notar sutis variações, que são infinitas. A riqueza de detalhes quase imperceptíveis é uma característica marcante da Ilustração Botânica.

O desenho inicial é feito a grafite em proporções reais, com a planta em uma posição que mostre claramente todos os detalhes fundamentais que a diferem de outras espécies. Depois é feita a cobertura em nanquim ou aquarela, se preciso for, com o auxílio de uma lupa. A ilustração de uma só planta pode levar algumas semanas ou vários meses, trabalho que requer extrema dedicação e paciência.

Na maioria das vezes, o auxílio de um pesquisador é indispensável, para a total compreensão da estrutura da planta a ser desenhada. É importante conhecer profundamente a espécie para a realização de um trabalho de boa qualidade artística, e ao mesmo tempo, fidelidade a planta representada.

O trabalho de ilustração apóia o texto descritivo e tem como função deixar claras as características da planta descrita, por isso a importância da fidelidade na representação. O compromisso com a realidade está na consciência de cada ilustrador, ao lembrar que seu trabalho é um documento orientando um pesquisador que, impossibilitado de ter a planta viva para observar, às vezes por tratar-se de uma espécie já extinta, terá apenas a ilustração para sua análise.

Sobre a palestrante

Maria Alice de Rezende é formada pela Escola Nacional de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em Ilustrações Botânicas pela Escola Nacional de Botânica Tropical (JBRJ). Ganhadora da bolsa artística internacional da Fundação Botânica Margare (MEE) no ano de 2004, para aperfeiçoamento no Royal Botanic Gardens de Kew em Londres, Inglaterra.

Atua nos seguintes projetos: Trabalho de Ilustrações para pesquisadores do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ); Ilustrações em Aquarela e Nanquim de Espécies da Flora Nativa do Brasil, ocorrentes nas matas do Parque do Curió, Paracambi (RJ); Ilustrações em Aquarela das Espécies de Hepáticas Endêmicas e Ameaçadas do Parque Nacional de Itatiaia com a pesquisadora Dra. Denise Pinheiro da Costa; Projeto Cores, Orquídeas Ameaçadas de Extinção (JBRJ/Petrobrás). Além de diversos trabalhos em coleções públicas e particulares no Brasil e no exterior.

registrado em:
Fim do conteúdo da página