Uso de áreas já degradadas para agricultura sustentável na Amazônia é tema de debate no Inpa
Ascom Inpa
As discussões ocorreram em mais uma reunião do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA) na sede do Inpa nesta sexta-feira (13). O GEEA tem o objetivo de debater assuntos da região e apresentar propostas científicas para as demandas da Amazônia
Por Daniel Jordano
Uma agricultura baseada no manejo de áreas degradadas, reaproveitamento dos resíduos orgânicos e utilização racional dos recursos naturais disponíveis na região Amazônica. Esses temas foram debatidos nesta sexta-feira (13) em mais uma reunião do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT). O GEEA tem como secretário executivo o pesquisador do Inpa, Geraldo Mendes.
Na ocasião, os pesquisadores participaram de uma palestra ministrada pelo professor Alfredo Homma, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Pará (Embrapa/PA). Homma também e colaborador como professor do curso de pós-graduação em Agricultura do Trópico Úmido (ATU) do Inpa.
Para o especialista, o uso do solo para a agricultura na região deve ser regido pela racionalidade. Ele defendeu o desmatamento zero na região, o uso de áreas já degradadas e pediu maior incentivo do poder público para o plantio de hortaliças nas áreas próximas as grandes cidades.
Alfredo Homma destacou ainda a importância da ciência para uma agricultura sustentável. “É possível fazer uma agricultura mais racional e mais próxima da sustentabilidade e, para fazer isso é necessário adotar algumas alternativas. Nós defendemos o reflorestamento, o plantio do cacau, do dendê, da seringueira e avançar mais na piscicultura que é mais eficiente e rentável que a pecuária”, afirmou.
O diretor em exercício do Inpa, Wanderli Tadei, afirmou que os debates servem para avaliar as ações feitas para beneficiar a agricultura e a piscicultura na região. “O Professor Alfredo Homma equaciona todos os aspectos do processo e aí nos verificamos, por exemplo, que a piscicultura avançou, mas ainda precisamos melhorar a atividade. Ele mostrou ainda alternativas que são viáveis para tornar a agricultura mais sustentável. É o homem que precisa se adaptar as condições da região”, disse.
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