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Alunos de iniciação científica expuseram trabalhos na SBPC

  • Publicado: Domingo, 01 de Agosto de 2010, 00h00
  • Última atualização em Terça, 26 de Maio de 2015, 09h09

 

Ascom Inpa

Os trabalhos apresentados são resultados de pesquisas desenvolvidos por alunos de iniciação científica do Inpa

Por Josiane Santos

Natal – RN

Alguns alunos de Iniciação Científica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) que participam do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) financiado pelo Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Programa de Apoio a Iniciação Científica (Paic) da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) apresentaram seus trabalhos na Seção de Pôsteres na 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

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Os trabalhos foram expostos aos visitantes que puderam conhecer algumas das pesquisas desenvolvidas no Instituto.

Tudo se transforma

Geralmente a amêndoa do tucumã, parte branca após o caroço, tem como resultado final o lixo. Mas segundo a pesquisa desenvolvida pela aluna do Pabic Kethelin Batista Miranda Galeno reaproveita a amêndoa para produção de biodisel. “O nosso projeto de diferencia de outros trabalhos na área, visto que nossa preocupação é geração de energia elétrica em comunidades isoladas no interior do Amazonas”, explica Galeno.

As amêndoas foram coletadas nas feiras de Manaus e extraídas o óleo com alto índice rendimento (60%) maior que os demais óleos. O projeto está em fase de testes em algumas comunidades isoladas do estado do Amazonas, onde substituem o diesel pelo óleo de amêndoas de tucumã nos geradores de energia elétrica.

Galeno destaca o reaproveitamento do que antes ia para o lixo. “Isso é um resíduo que vai para o lixo, então, em vez de produzir biodiesel com alimento é mais rentável fazer biodiesel com resíduo químico”, explica.

O orientador e co-orientador do projeto são os pesquisadores Sérgio Nunomura e Roberto Figliuolo, respectivamente.

Qualidade da água

O aluno de Iniciação Científica do Michel Jader de Oliveira Miranda apresentou uma pesquisa que avalia a qualidade da água dos poços artesianos do município de Novo Airão, distante à 200 Km de Manaus.

A pesquisa intitulada “Hidroquímica das águas subterrâneas da cidade de Novo Airão AM-Brasil” durou dois anos, e analisou amostras das águas de 12 poços artesianos do município no período da cheia e vazante do Rio Negro. O orientador do projeto é o pesquisador da Coordenação de Pesquisas em Clima e Recursos Hídricos (CPCR) Márcio Luiz da Silva.

As amostras eram analisadas na CPCR observando as funções químicas: nível de acidez da água (Ph), quantidade alérgica e bacteriológica. A pesquisa constatou que 70% água dos poços estão aptas para o consumo e 30% apresenta um nível de Ph (variável entre 4,7 a 7,04) acima da média, sendo imprópria para o consumo. A média para região é 3,1 a 5,3.

Oliveira explica que a possível razão para o alto Ph pode ser conseqüência da ação do homem ou fatores externo. “O ph alto pode ser referente à ação do homem, ao mau funcionamento do poço (infiltração) ou pela própria formação que ele se encontra”, explica Oliveira.

Economia de tempo e dinheiro

Outra pesquisa apresentada na SBPC foi a do aluno Kauê Feitosa D. de Sousa da Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical (CPST). A pesquisa buscou determinar a temperatura adequada para germinação da castanha-da-amazônia (Bertholletia excelsa) para fornecer subsídio na elaboração da Regras para Análise de Sementes (Rais) com a espécie castanha. A orientadora da pesquisa é Isolde Ferraz da CPST.

A Rais é um conjunto de normas publicadas pelo Ministério da Agricultura para realização das análises de um lote de sementes em laboratórios. As regras variam de acordo com a espécie estudada. Segundo Souza, no Brasil, as Rais existentes são em maioria para espécies agronômicas. A última Rais de espécies florestais amazônicas publicadas foi ano passada.

De acordo com Sousa, a pesquisa visa economia de tempo e dinheiro no processo de germinação da castanha. “A temperatura é importante determinar para que o processo de análise da semente em laboratório seja mais rápido, porque na temperatura ótima a semente demonstra potencial de germinação em menor tempo, reduzindo o tempo de análise do técnico em laboratório”, concluiu Souza.

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