Água box é destaque na SBPC
Ascom Inpa
Desde a abertura do stand com a visita do Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, os olhares estiveram voltados para o sistema solar de desinfecção de água desenvolvido pelo Inpa
Por Eduardo Gomes
Natal - RN
O sistema solar de desinfecção de água desenvolvido pelo pesquisador Roland Vetter, da Coordenação de Pesquisas em Produtos Florestais (CPPF) no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) é um dos grandes atrativos do stand do Instituto, no pavilhão de exposições (ExpoT&C) da 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
No stand, um cilindro contendo água e uma forte luz ultravioleta chamam à atenção de quem passa pelo local, além, é claro, da frase que acompanha o produto dizendo o seguinte: “Água Solar: Nós lavamos água”. Trata-se de um sistema solar capaz de tornar águas sujas de rios e lagos em água potável livre de germes, que já foi testado com sucesso em aldeias remotas na região Amazônica.
A inovação pode ser considerada como um método para proteção contra bactérias e outros micro-organismos perigosos, em alguns casos podem produzir efeitos negativos não somente para o ser humano, mas também para o meio ambiente. A pesquisa dedicou a estudar um método que desde milhões de anos tem sido demonstrado pela própria natureza, ou seja, a desinfecção por meio de radiação ultravioleta tipo C.
Para o estudante de Gestão Ambiental, Cláudio Guedes, do Rio de Janeiro o equipamento pode ser considerado como uma relevante iniciativa, considerando as questões de saúde básica e também os impactos ambientais. “Eu acho que água tratada é uma necessidade, uma questão de saúde. Considero que essa é uma ótima iniciativa avaliando o fato de poder eliminar as bactérias através de raios ultravioletas”, disse.
Sobre o equipamento
O equipamento é compacto e agrupa tudo em uma única caixa movida por energia solar, purifica 400 litros de água por horas, pesando apenas 13 Kg e permitindo 10.000 horas vida da lâmpada. O investimento do aparelho pode variar entre R$ 1,5 a 10 mil, dependo das condições onde o aparelho será instalado.
De acordo com o Coordenador de Extensão do Inpa, Carlos Bueno, responsável pela exposição do Instituto na SBPC, afirma que a inovação é capaz de eliminar os germes sem precisar utilizar substâncias químicas. “O que se descobriu foi que uma luz que emite raios ultravioletas, e é capaz de eliminar germes, ou seja, pode purificar a água somente com uma questão física, sem outras modificações químicas, porém para que isso aconteça a água precisa estar o mais translúcida possível”, explicou.
O equipamento é portátil, podendo ser transportado facilmente para comunidades. Está sendo produzido em uma remessa de 50 protótipos, para que possam ser introduzidos em locais que precisem de purificação da água na região. “Estamos produzindo 50 kits desse para serem instalados em diversas localidades na intenção de solucionar problemas”, comentou Bueno.
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