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SBPC começa com anúncio de R$ 865 mi em Ciência

  • Publicado: Domingo, 25 de Julho de 2010, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 25 de Maio de 2015, 09h29

 

Ascom Inpa

Os recursos são destinados a criação de novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). O anúncio ocorreu durante a solenidade de abertura da 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

Por Daniel Jordano e Josiane Santos

Natal - RN

Começou neste domingo (25) a 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Este ano, o evento ocorre em Natal (RN) e tem como tema “Ciências do mar: herança para o futuro”. O evento reúne em Natal (RN) membros da sociedade civil e cientistas de todo o país dentre eles do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).

Durante a abertura do evento, foi assinado o documento que autoriza o lançamento dos editais para a criação de novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia. O valor total dos recursos chega a R$ 865 milhões de reais e devem ser investidos nas ciências do mar e subversão econômica para que as empresas também invistam no desenvolvimento tecnológico.

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Os editais devem ser lançados nas próximas semanas. O documento foi assinado pelo Ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Sérgio Rezende; o Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Carlos Aragão; e o diretor da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fernando Ribeiro.

O ministro Sérgio Rezende destacou a importância dos investimentos e ressaltou o papel da ciência para o desenvolvimento do país. “Pela primeira temos um plano de ação em ciência e tecnologia. O Brasil vive um novo momento, dispomos de recurso cinco vezes maior do que o orçamento de 2002. A ciência e a tecnologia estão ocupando gradualmente o processo produtivo das empresas brasileiras”, disse

Mar: a Amazônia do litoral

A Amazônia foi o parâmetro para os debates inicias sobre a importância das pesquisas no Brasil. O diretor do Inpa e vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) na região Norte, Adalberto Val, afirmou que o desenvolvimento da ciência serve para gerar renda e inclusão social.

“Nada mais justo que ter contemplado nessa reunião uma discussão sobre o desenvolvimento da ciência no ambiente marinho, mas essa comparação com a Amazônia é extremamente importante, pois os desafios são grandes. A ciência tem que ajudar na inclusão social e geração de renda. Precisamos dar o passo seguinte, e é esse passo que estamos buscando nesse momento”, enfatizou Val.

O Presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, exemplificou as dificuldades de pesquisa no mar que segundo ele são semelhantes à Amazônia e destacou a discussão deste tema para o Brasil. “O mar é um bioma fundamental para o país, e é do tamanho da Amazônia, a biodiversidade talvez seja maior que a da Amazônia e pelas leis internacionais é uma questão geopolítica. O Brasil para exercer soberania precisa desenvolver conhecimento e atividades econômicas, então isso é fundamental, sem ciência não dá para fazer isso”, afirmou Raupp.

Raupp falou ainda sobre a importância e expectativas para a reunião deste ano e os resultados que poderão trazer para sociedade. “O resultado dessas discussões é que tenham impacto nas políticas públicas, tenham impacto no entendimento da sociedade que ciência é importante para melhoria e modernização da própria sociedade. Esses são os objetivos da SBPC: mobilizadoras e conscientizadora da importância dessas atividades que a comunidade desenvolve”, afirmou.

Homenagens

Durante a cerimônia, duas figuras importantes na divulgação e popularização da ciência foram homenageadas. O cientista Aziz Ab Saber autor de mais de 300 trabalhos acadêmicos e é considerado um dos geógrafos mais importante do mundo e Luís da Câmara Cascudo referência no estudo da cultura brasileira.

Inpa na SBPC

O Inpa apresentará pesquisas nas áreas de Produtos Florestais como aproveitamento de galhos e troncos da pupunheira na confecção de móveis e instrumentos musicais, pequenos objetos de madeira, tijolo vegetal e produtos desenvolvidos a partir de tecnologias alternativas; óleos utilizados na fabricação de perfumes, remédios e cosméticos que têm mercado garantido e alguns são exportados. O Linalol, por exemplo, utilizado como fixador de famosos perfumes franceses é extraído de uma madeira chamada Pau-Rosa. Serão mostrados ainda cosméticos derivados de palmeiras da região como o buriti e pupunheira, desenvolvidos pelo Grupo de Ciências da Saúde; diversidade vegetal em frutas, hortaliças e medicinais; coleção com pequenas amostras de madeira da Amazônia, e mostruário de besouros e borboletas exóticos. Além, do lançamento de seis obras

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