Inpa participa de palestra sobre Gavião-Real
Ascom Inpa
Hoje o projeto conta com a participação de 10 bolsistas que monitoram mais de 40 ninhos nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia e outros cinco ninhos no Pantanal e Mata Atlântica.
Por Wallace Abreu
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCT), através da Coordenação de Pesquisas em Ecologia (CPEC), realiza nesta quinta-feira (24) ás 17 h a palestra “Programa de Conservação do Gavião-Real”.O evento ocorre no campus ll do Inpa no V8, localizado na Avenida Constelação 16, Conjunto Morada do Sol - Aleixo e terá entrada gratuita.
O Programa de conservação do Gavião-Real foi criado em 1997 após a descoberta do primeiro ninho de gaviões em Manaus. Após dois anos o projeto já havia sido ampliado, atuando na localização e mapeamento de ninhos por toda a área da região amazônica.
Além da região amazônica, o projeto atua também em algumas áreas do Pantanal e Mata Atlântica realizando ações de educação ambiental para as comunidades, que são envolvidas no monitoramento e conservação da ave.
A pesquisadora do Inpa,Tânia Sanaiotti, apresentará as atividades do programa de conservação do gavião-real, o monitoramento de ninhos e estudos de reabilitação. A extinção da espécie não é reconhecida pelo IBAMA, porém, na prática a pesquisadora toma outro posicionamento.
“No município de Parintins, onde são desenvolvidas algumas atividades do projeto, a caça a exploração ilegal de madeira e desmatamentos, somados à especulação imobiliária crescente na região, contribuem para a diminuição da espécie”, comenta Sanaiotti.
O gavião-real é a maior ave de rapina da América do Sul. Com seu porte majestoso e imponente, chega a medir até 90 cm de altura, cerca de 105 cm de comprimento e 2 m de envergadura.
Participação comunitária
A participação ativa de comunidades que habitam a floresta no entorno das árvores com ninhos é a razão do sucesso da sobrevivência dos filhotes até serem capazes de voar e partirem em busca de outras terras.
A convivência pacífica entre os comunitários e os animais da floresta é possível à medida que fontes alternativas de sobrevivência, da produção agrícola e extrativista são levadas ao seu conhecimento e se concretizem no dia a dia dos produtores.Nos últimos dois anos, três gaviões receberam dispositivos de identificação, como um anel do CEMAVE/ICMBio (Centro Nacional de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres/ Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e radiotransmissor para monitoramento via satélite pelos próximos três anos.
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