Pesquisa avalia condições para desenvolvimento de palmeiras
Ascom Inpa
As palmeiras possuem grande importância ecológica e econômica, pois muitas delas são utilizadas como fonte de matérias prima para artigos artesanais, como pulseiras e colares, e até mesmo utilizadas na construção de casas e na ornamentação de festas
Por Wallace Abreu
As palmeiras foram objeto de pesquisa da aluna de doutorado Stela Raupp da Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPG-ECO) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT). O estudo avaliou a distribuição e abundância de palmeiras em uma floresta de terra firme. O orientador do projeto é Renato Cintra, pesquisador do Inpa.
A finalidade da pesquisa foi analisar os fatores ambientais que influenciam na distribuição das espécies, como espaços propícios para uma melhor reprodução das palmeiras, melhores épocas para germinação das sementes e o processo de floração e reprodução de frutos das espécies estudadas (fenologia).
Espécies
A pesquisa iniciou em 2006 e avaliou algumas espécies de palmeiras, como Palha Branca, Palha Vermelha, Açaí, Paxiúba, Bacaba, Patauá, Bacabinha e a Paxiubinha da Região Amazônica. A área de pesquisa foi a Bacia do Igarapé do Acará, localizado na Reserva Adolpho Ducke, zona norte de Manaus.
Segundo Stela Raupp, o foco da pesquisa era o comportamento reprodutivo das espécies e analise dos fatores ambientais que estavam influenciando a reprodução.
“Os resultados indicam que as espécies analisadas produzem flores nos períodos do ano com temperaturas altas. Alguns fatores ambientais, como o folhiço (quantidade de folhas no chão) e o número de troncos mortos no chão foram importantes para a dinâmica reprodutiva das palmeiras. Chegamos também à conclusão que nos primeiros estágios de desenvolvimento (plântulas) preferem ambientes mais sombreados na floresta", explica Raupp.A pesquisadora revela também que a distribuição espacial das palmeiras sofre influência dos componentes estruturais da floresta.
Foram coletados dados de abertura do dossel da floresta (parte mais alta da floresta), profundidade de folhiço, abundância de troncos mortos no chão, altitude, distância da parcela ao igarapé mais próximo, abundância de indivíduos arbóreos (não palmeiras).
A apresentação da tese será hoje (10), às 10h, na sala de aula do PPG-ECO, localizada na Avenida André Araújo, 2936, Aleixo.
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