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CNCTI discute políticas públicas para Amazônia

  • Publicado: Terça, 25 de Maio de 2010, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 18 de Maio de 2015, 08h38

 

Ascom Inpa

Geração de renda, inovação tecnológica, fixação de cientistas e aumento da formação de doutores são temas prioritárias para a formulação de políticas públicas para a ciência na Amazônia. As propostas foram discutidas hoje, em Brasília (DF), durante a 4ª CNCTIPor Tabajara Moreno
Brasília - DF
A Amazônia foi um dos destaques desta quarta-feira (26) na 4ª Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação (CNCTI). Na pauta, as propostas para a formulação de políticas públicas em ciência e tecnologia na região para a próxima década. Gerar renda para as populações locais, investir em inovação tecnológica, ampliar a quantidade de doutores e fixá-los nos estados da região amazônica são as principais metas.O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) liderou as discussões sobre a temática. Segundo o diretor do Inpa, Adalberto Luís Val, a geração de renda para as populações locais deve ter como base estudos feitos por cientistas brasileiros. “Não dá para importar tecnologia para o desenvolvimento econômico da região. É preciso investir em estudos feitos aqui, a partir da demanda local”, considera.Siga o Inpa no Twitter A região amazônica recebe apenas 3% do total de investimentos feitos em ciência e tecnologia no Brasil. Val acredita que uma ampliação dessa verba deve impulsionar a geração de conhecimento, inovação tecnológica e renda nessa parte do país. “Se a Amazônia é realmente importante para o país, qual o volume de recursos que a sociedade brasileira tem interesse de disponibilizar para investir aqui? 8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro são gerados na Amazônia. Apesar disso, a região recebe um investimento inferior às suas demandas em ciência e tecnologia”, afirma Val.Para o diretor do Inpa, se o país investisse 8% do total de verbas destinadas à ciência e tecnologia na região, a contribuição para a geração de riquezas e de conhecimento seria triplicada. “Os atuais 3% investidos na região não conseguem dimensionar toda a importância que a sociedade demonstra pela Amazônia”.Revolução científica
As propostas de políticas públicas para a região amazônica apresentadas durante a 4ª CNCTI devem aliar a preservação da biodiversidade com a utilização das potencialidades econômicas da região. Para alcançar essas metas, Val defende uma “revolução científica” que aumente a participação dos cientistas brasileiros na produção de conhecimentos sobre a região. “50% do total de informações produzidas sobre o bioma amazônico não possuem autores brasileiros. Mas o país tem um contingente imenso de pessoal qualificado. Precisamos contratar pesquisadores, investir em uma política diferenciada para fixar e contratar novos cientistas. As bolsas de pesquisa criam um sistema que marginaliza quem produz ciência”, destaca.A formação de doutores, outro gargalo na região, foi um dos pontos em que houve um avanço nos últimos anos. Atualmente, a região tem cerca de quatro mil doutores e ampliou em aproximadamente 200% o número de cursos doutorais. A ideia de Val é que o país invista mais em áreas nas quais domina a informação. “O Brasil poderia investir na criação de um programa internacional para a formação de mestres e doutores em Biologia Tropical. Dominamos totalmente essa área”, diz.Em entrevista coletiva durante a 4ª CNCTI, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, informou que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) devem anunciar um programa comum de pós-graduação para aumentar o número de cursos de mestrado e doutorado na região. “O CNPq e a Capes devem anunciar, ainda esta semana, um programa comum que ampliará os programas de pós-graduação das regiões menos favorecidas articuladas com os programas de pós-graduação das regiões mais desenvolvidas”, falou o ministro.A 4ª CNCTI ocorre em Brasília (DF) até sexta-feira (28) e reúne membros de instituições de ensino e pesquisa de todo o país com a proposta de discutir a formulação de políticas públicas para a próxima década no país na área de C&T.

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