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Inpa integra programa de redução da mortalidade infantil

  • Publicado: Quarta, 12 de Maio de 2010, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 18 de Maio de 2015, 08h17

 

Ascom Inpa

O Amazonas registrou no período de 2000 a 2007 mais de 11 mil óbitos de crianças menores de um ano de idade. Manaus liderou o ranking no Estado com quase sete mil óbitos

Por Josiane Santos

Entre 2000 e 2007, aproximadamente 500 mil crianças menores de um ano de idade morreram no Brasil. Os dados são do Ministério da Saúde e indicam ainda que os maiores índices de mortalidade infantil se concentram nos Estados das regiões Norte e Nordeste. Entre as principais causas apontadas na pesquisa estão a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, a baixa renda das famílias, a falta de saneamento básico e a ausência de medidas simples como o pré-natal e a vacinação das crianças nos primeiros meses de vida.

Para reduzir esse índice de mortalidade, o Governo Federal em parceria com Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e governos estaduais e municipais criaram o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil, aplicado em 256 municípios das regiões do norte e nordeste.

O Inpa coordena as atividades do programa nos estados do Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas e Mato Grosso. As ações do Inpa estão sob responsabilidade da pesquisadora da Coordenação de Ciências da Saúde (CPCS), Lúcia Yuyama.Siga o Inpa no Twitter

O Pacto vai analisar os motivos das altas taxas da mortalidade infantil nas regiões norte e nordeste e propor ações que diminuam esses índices. A meta do programa é reduzir para 5% ao ano a taxa de mortalidade neonatal em crianças menores de um ano.

Para iniciar essa investigação será realizada a “Chamada Neonatal”. A atividade ocorrerá em 12 de junho durante a Campanha Nacional de Imunização e vai consistir na aplicação de questionários e a mensuração de peso e altura das crianças.

Capacitação e treinamento de equipes

O Inpa ainda está realizando a primeira etapa do projeto, que consiste na capacitação de agentes multiplicadores dos grupos de trabalho em cada Estado. Cada grupo de trabalho é formado por organizador de filas (responsável por selecionar as crianças), dois entrevistadores (aplicação dos questionários) e dois antropometristas (responsável pela medição das crianças). A Fiocruz é responsável pela elaboração do questionário socioeconômico.

Manaus, Borba, Coari, Itacoatiara, Manacapuru, Maués, Parintins, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Tapauá e Tefé são os municípios do Amazonas que vão participar do programa. O investimento estimado para o estado é de R$ 9,3 milhões.

“O nosso desafio é trabalhar com uma equipe fortemente integrada e esquecer as diferenças políticas, porque a ciência não tem barreira e nem fronteira, ela é acima de tudo uma atividade social com fins sociais e o Inpa tem essa missão de ser uma instituição de pesquisa, cuja missão é gerar e disseminar conhecimentos e tecnologias, e capacitar recursos humanos para o desenvolvimento da Amazônia”, avalia Yuyama.

Segundo a coordenadora, a questão logística é o principal entrave a realização do programa na região norte. Para amenizar esse problema, o grupo de trabalho conta com multiplicadores que capacitam outros grupos de trabalho e contam com o apoio de universidades, técnicos e profissionais da saúde do Estado, principalmente no interior.

Locais de aplicação de questionários

Durante a “Chamada Neonatal”, Manaus terá 30 postos e os demais municípios do interior do Amazonas, que fazem parte do programa, terão 25 postos para seleção e aplicação dos questionários.

Para participar do programa, a mãe precisa morar no município onde a criança nasceu. Outro critério para participação no programa é que a mãe esteja acompanhada da criança e portando os cartões da criança e da mãe durante a aplicação do questionário.

O prazo estimado para o levantamento e a avaliação dos dados coletados pelos grupos de trabalho é de aproximadamente um mês e meio.

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