Pesquisadores do Inpa ingressam na ABC

Ascom Inpa

Três cientistas do Instituto foram afiliados à Academia Brasileira de Ciências. Pesquisadores de várias Instituições da região norte também ingressaram na ABCPor Daniel JordanoA academia Brasileira de Ciências (ABC) - regional Norte - realizou quinta-feira (22) à afiliação de novos membros. Entre eles, três cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT). Durante o evento, cada afiliado realizou uma palestra sobre a sua linha de pesquisa no seminário Ciências na Amazônia. Para o vice Presidente da ABC Norte e diretor do Inpa, Adalberto Val, a reunião representou um passo importante para o incentivo ao conhecimento científico na região.“A Academia Brasileira de Ciências congrega os maiores cientistas do país. Não tínhamos até pouco tempo representantes da região norte e agora já temos vários pesquisadores afiliados. Estamos construindo um grupo de destaque na área da ciência, gente nova que produz ciência de alto nível”, enfatizou.Composta por mais de 600 cientistas, a ABC afilia anualmente, por cada região do país, cinco jovens doutores que permanecem como membros da academia por um período de cinco anos.Siga o Inpa no TwitterO presidente da ABC, Jacob Palis, falou sobre a afiliação dos novos membros e destacou ainda o papel das Instituições locais no desenvolvimento da ciência.“Essa reunião da Academia tem um significado simbólico muito grande. Isso corresponde ao fato da ABC, que representa a comunidade científica, ao lado da SBPC, valorizar a ciência em toda região amazônica. O Inpa e Instituições como a Fapeam, UFAM, UFPA, entre outras, têm papel fundamental”, disse.O presidente da ABC também falou sobre os desafios para desenvolver o conhecimento científico na região norte do Brasil. “É impossível fazer um bom plano de desenvolvimento socioeconômico sem ter o domínio local em Ciência e Tecnologia. É preciso investir mais. Por isso estamos nessa campanha pelo conhecimento científico”, declarou.Entre os novos afiliados da ABC está o doutor em biotecnologia e pesquisador do Inpa João Vicente Braga de Souza; a doutora em ecologia e evolução biológica e pesquisadora do Inpa, Marina Anciães; a doutora em recursos ambientais e pesquisadora do Inpa, Noêmia Kazue Ishikawa; o doutor em física e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Luis Carlos Bassalo Crispino; o doutor em genética e professor da UFPA, Marcelo Nazareno Vallinoto de Souza.Para a pesquisadora do Inpa, Marina Anciães, o evento ajuda a consolidar o conhecimento científico, propiciando que outros pesquisadores tenham acesso aos estudos.“É a oportunidade das pessoas conhecerem os trabalhos. O evento prestigia e divulga o que está sendo feito na Amazônia brasileira, que hoje é uma prioridade nacional”, afirmou.Ciência e soberaniaA Amazônia é hoje uma das regiões que mais gera interesse internacional devido as suas riquezas naturais, minerais e hídricas. Para Adalberto Val, investir no desenvolvimento da ciência e tecnologia na região é uma questão de soberania.“Soberania hoje não é mais uma questão da presença bélica, mas sim o conhecimento daquilo que temos na região. Precisamos avançar mais no sentido de aproveitar esse momento de atenção que temos em relação Amazônia, criando de fato um tempo novo onde tenhamos mais geração de renda e inclusão social”, declarou.