Inpa inaugura laboratórios de biodiversidade e genética

Ascom Inpa

Os novos espaços garantem avanços das pesquisas na região. Um prédio para formação de novos pesquisadores também foi entregue.

Por Daniel Jordano

Mais dois novos laboratórios de pesquisa foram entregues aos cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) esta semana. Os espaços servirão para impulsionar a realização de pesquisas em áreas como biologia molecular e microbiologia de solos.As inaugurações ocorreram na terça-feira (20). O primeiro laboratório, de microbiologia de solos, foi inaugurado no campus do Inpa no V-8.O local vai funcionar como ferramenta para estudos sobre a biodiversidade amazônica e recuperação de áreas já degradadas pelo homem. O responsável pelo laboratório, pesquisador Luiz Antônio de Oliveira, afirma que a partir de agora será possível ampliar os trabalhos do Instituto na área de biotecnologia.

“Nós estamos ganhando um espaço físico adequado para investir em recursos humanos e em pesquisas de ponta. Agora podemos avançar, encontrar novos bioprodutos com um valor econômico, gerando emprego e renda para as pessoas”, enfatizou.

O outro espaço inaugurado nesta terça-feira foi o laboratório temático de Biologia Molecular. No local ocorrem pesquisas sobre o DNA de animais e plantas com o objetivo de gerar informações sobre os organismos vivos da Amazônia.

De acordo com a gerente do laboratório, Kyara Formiga, o Instituto já realiza estudos genéticos de peixes, insetos e plantas e o novo laboratório permitirá a ampliação dessas pesquisas.

“No caso dos peixes fazemos estudos para que as espécies não sejam extintas. A mesma situação ocorre para as plantas e agora, com o novo espaço, vamos poder ampliar os trabalhos”, disse.

Inpa e Biodiversidade

Durante a solenidade de inauguração de um dos laboratórios, o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Amazonas (ALE/AM), deputado Luiz Castro, destacou o papel do Inpa para as pesquisas da biodiversidade na região.

“O Instituto está conectado em praticamente todos os campos do saber científico e tecnológico necessários para o desenvolvimento sustentável. A produção científica do Inpa deixou de ser apenas uma produção de referência para ser uma produção de pesquisa aplicada, na prática, em processos que devem envolver políticas públicas para o estado”, afirmou o deputado.

Qualificação de pessoal

A região Amazônica enfrenta sérias dificuldades em relação ao número de pessoas qualificadas que possam atuar no desenvolvimento de pesquisas. Para rever o quadro, o Inpa também entregou o prédio do programa de pós-graduação em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva. O local possui sala de aula, dois laboratórios, minibiblioteca e espaço para estudos.       

A coordenadora do programa, Vera Scarpassa, destacou a importância dos investimentos para formar novos pesquisadores.

“Nosso objetivo é contribuir para a formação de recursos humanos capacitados para conhecer, caracterizar e conservar a biodiversidade amazônica”, declarou.

Para o diretor o Inpa, Adalberto Val, as três inaugurações refletem o trabalho do Instituto em qualificar mão-de-obra e gerar informações para o avanço do conhecimento científico na região.

“Nós estamos coroando os trabalhos no sentido de dar novas possibilidades aos pesquisadores e mais do que isso, proporcionar as condições para avançar na definição de novos produtos e novos processos para geração de renda e inclusão social. Não há como falar em biodiversidade sem evolver o Inpa”, destacou.  

Das 76 obras realizadas pelo Inpa, em torno de 50 já foram entregues, sendo que os investimentos totais chegam a aproximadamente de R$ 100 milhões.