Circuito da Ciência inicia atividades de 2010
Ascom Inpa
Com o objetivo de popularizar o conhecimento científico produzido nos laboratórios do Inpa, o projeto Circuito da Ciência retomou as atividades neste sábado (27)
Por Eduardo Gomes
Colaboração de Tabajara Moreno e Séfora Antella
O projeto “Circuito da Ciência” do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) realizou neste sábado (27), no Bosque da Ciência, a primeira edição do evento no ano de 2010. Trazendo mudanças propostas pela coordenação do projeto, durante todo este ano o projeto receberá em cada edição alunos de quatro diferentes escolas da rede municipal de Manaus.
Para o coordenador do Circuito da Ciência, Jorge Lobato a realização de 101 edições do projeto resulta do esforço de colaboradores, que ajudam a transferir o conhecimento científico produzido nos laboratórios do Inpa à população. “É uma somatória de esforços, com tudo isso quem ganha é a sociedade, pois o Inpa, com essa iniciativa, vem popularizando o conhecimento produzido aqui”, fala.
Lobato ressalta ainda a importância de introduzir os alunos no projeto com a intenção de difundir o conhecimento. “É preciso despertar na sociedade uma vontade de aprender ciência, por isso queremos aproximar esses jovens do projeto, visando popularizar a ciência”.
O evento recebeu exposições sobre saúde, ciência, aproveitamento de casca de frutos e métodos de prevenção aos transmissores de malária e dengue, além das espécies de animais e plantas expostas permanentemente na Casa da Ciência.
Para o estudante, João Vitor Gadelha, 8, da Escola Municipal Francisco Nunes, a melhor parte do passeio foi quando ele conseguiu ver alguns animais que ainda não conhecia, e uma “curiosa” arvore nas trilhas do bosque. “Gostei muito de ver o peixe-boi, o peixe elétrico e o abraço da morte (Fenômeno de parasitismo vegetal, onde a planta apuí se fixa sobre o caule de uma árvore hospedeira)”, declarou.
Já para a estudante, Simone Santos, 11, da Escola Municipal Mario de Andrade, cada minuto de atenção foi precioso, afinal o aprendizado adquirido na atividade será discutido com a professora em sala de aula. “Temos que fazer anotações sobre o que vimos e aprendemos aqui e depois fazer uma redação”, explicou a aluna.
Aprender e brincar
Para a pedagoga do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental do Inpa (Lapsea), Maria Solange Rodrigues, o diferencial do projeto está no maior contato das crianças com o resultado da pesquisa, mas também com a possibilidade delas aprenderem brincando.
“O diferencial do Circuito da Ciência é o aprendizado pela brincadeira. A criança aprende enquanto passeia. Cada atividade aqui tem um propósito”, avaliou.
Rodrigues explica que a estratégia utilizada para ensinar os jovens é o lazer, e que dessa forma eles podem adquirir mais conhecimento. “Essa é nossa meta, ensinar a criança através do lazer. Aqui eles podem ter o contato com os animais, assim para a criança fica muito mais claro, pois dessa forma os alunos saem do abstrato para o concreto”, disse.
Inovação
Uma das novidades do Circuito da Ciência nesta edição foi o mini-circuito sobre os mamíferos aquáticos da Amazônia. A atividade foi montada pela Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e teve como destaque a biologia do peixe-boi (Trichechus inunguis) e da ariranha (Pteronura brasiliensis).
No mini-circuito, composto por cinco estações, foram realizadas atividades interativas com os participantes, que puderam apreciar as peculiaridades dos animais. “Optamos por fazer atividades mais lúdicas porque quem aprende brincando fixa melhor a informação”, ressalta a coordenadora do núcleo de Educação Ambiental da Ampa, Gália Mattos.
O projeto Circuito da Ciência é realizado pelo Inpa em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Museu da Amazônia (Musa), Brothers e Magistral, sendo patrocinado pela Moto Honda e Petrobrás.
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