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Palestra no Inpa discute emissões de carbono

  • Publicado: Quinta, 11 de Março de 2010, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 14 de Maio de 2015, 08h50

 

Ascom Inpa

As novas metodologias para medição das emissões de CO2 foram debatidas durante palestra nesta sexta-feira (12)

Por Daniel Jordano

Novas metrologias para medir as emissões de carbono. Essa foi a tônica da palestra “Balanço Global de Carbono e modelo de emissões por desmatamento na Amazônia”, ministrada nesta sexta-feira (12) na biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).

Segundo o palestrante, o pesquisador Jean Ometto, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a metodologia se baseia na relação entre uso do solo a dinâmica do desmatamento. Para ele, o país vive uma oportunidade única de aliar preservação com desenvolvimento.

No Brasil, a mudança do uso do solo, desmatamento e agricultura representa mais de 70% das emissões. A partir desse modelo, a gente analisa de forma integrada como a mudança do uso do solo influencia na emissão de carbono na atmosfera”, disse.

Ainda de acordo com o pesquisador, o mercado de carbono representa uma fonte de negociação para o país como forma de proteger o meio ambiente.

É uma proposta internacional, a redução do desmatamento e redução de carbono gera uma oportunidade muito grande. O Brasil pode, se reduzir desmatamento desenfreado além de diminuir as emissões, criar uma fonte muito interessante de recursos, mas isso está ligado aos nonos gerenciadores”, destacou.

Ciência e desenvolvimento sustentável
Dentre as discussões sobre a redução de emissões houve espaço para o debate sobre o desenvolvimento sustentável. Para Ometto, as buscas de alternativas econômicas aliadas a investimentos em ciência e tecnologia são fundamentais para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Desenvolver e proteger o meio ambiente é um desafio regional e também planetário. O modelo econômico adotado de maneira geral não é sustentável a longo prazo. O desenvolvimento tecnológico, a mudança de base produtiva, o aproveitamento dos recursos ambientais, investimentos em ciência e a busca pela qualidade de vida das pessoas ajudam neste processo”, declarou.

Mudanças climáticas
O pesquisador do Inpe participou também da Câmara Temática de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas que debateu a formulação de inventário sobe emissões de carbono.

A Câmara, coordenada pelo gerente executivo do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera (LBA) do Inpa, Antonio Manzi, faz parte das atividades do Fórum Amazonense de Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Serviços Ambientais e Energia.

Na semana passada a câmara discutiu a elaboração de Mapas de Vulnerabilidade do Estado do Amazonas para identificação de áreas que podem sofrer danos após fenômenos naturais.

Participaram da reunião membros de instituições como a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS), Defesa Civil e Inpe.

Para Manzi, as discussões sobre a elaboração dos mapas devem ajudar no planejamento das ações adotadas pelo poder público em fenômenos extremos como enchentes e secas.

As novas metodologias ajudam na formulação da reação aos eventos climáticos. Estamos interessados em conhecer quais regiões do Amazonas estão mais vulneráveis aos eventos do clima”, disse.

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