Projeto Adapta
Ascom Inpa
O Adapta compreende um grande conjunto de ações de pesquisa em espécies aquáticas amazônicas
O Centro de Estudos da Adaptação da Biota Aquática da Amazônia (Adapta) foi um dos quatro projetos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) no âmbito do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) aprovados em 2009 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento e Pesquisa (CNPq).
Além do Adapta, o Inpa também aprovou os projetos Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (Cenbam), Instituto Nacional de Serviços Ambientais da Amazônia (Semvab) e Centro Nacional de Pesquisa e Inovação de Madeiras da Amazônia (INCT-Madeira).
Com recursos na ordem de R$ 9 milhões, obtidos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam), com a participação de mais de 100 doutores da comunidade científica nacional e internacional, e com a recomendação de avaliadores do exterior, o Adapta vai permitir que os cientistas possam iniciar uma longa busca por informações no DNA de espécies aquáticas da região amazônica.
O projeto compreende um grande conjunto de ações de pesquisa em espécies aquáticas amazônicas no sentido de descobrir, a partir da análise do DNA, as razões que resultam em adaptações físicas e químicas dessas espécies em ambientes alterados pelo homem.
O projeto pretende utilizar os fatores dessas adaptações em favor do homem, como medicamentos. Após três anos, os resultados apresentados pelo Adapta passam por uma avaliação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para poder prosseguir por mais dois anos.
O Adapta vai atuar em três frentes. A primeira delas consiste na identificação de todas as diferentes espécies capazes de enfrentar uma mesma situação adversa e, em seguida, detectar o que essas diferentes espécies têm em comum em nível genético. A segunda frente de atuação vai levar em consideração as dificuldades impostas naturalmente aos indivíduos.
Como exemplo, o peixe jaraqui (Semaprochilodus taeniurus e S. insignis) que costuma transitar periodicamente nas águas dos rios Solimões e Negro. A terceira e última frente de atuação são os “ambientes experimentais” (criados em laboratório), os chamados “microcosmos”. Esse cenário poderá detectar precisamente as informações do DNA que se manifestaram e quais as novas substâncias produzidas para que as espécies pudessem ser capazes de se adaptar e, consequentemente, sobreviver à nova situação.
Atualmente o Adapta está em fase de alimentação do primeiro dos três bancos de dados do laboratório de Bioinformática. Esse laboratório vai cruzar as informações das pesquisas que o projeto vai fazer com as informações já existentes na comunidade científica sobre as espécies que fazem parte da área de estudo do projeto.
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