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Estudo sobre o gengibre amargo é finalista nacional do Prêmio FINEP

  • Publicado: Segunda, 12 de Dezembro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Quarta, 13 de Maio de 2015, 09h37

 

A pesquisa foi vencedora da etapa Norte da premiação, ocorrida em novembro

Por Eduardo Phillipe

Conhecido popularmente como gengibre amargo ou mangarataia amarga, as flores dessa espécie também são utilizadas nas ornamentações em países da América Latina e Norte. Nos laboratórios da Coordenação de Pesquisas em Produtos Naturais (CPPN) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o pesquisador responsável, Carlos Cleomir, estuda as suas potencialidades econômicas e medicinais.

A pesquisa, que ganhou o primeiro lugar na categoria “Instituição Científica e Tecnológica” do Prêmio FINEP na etapa Norte, ocorrida em novembro, em Rondônia, participa agora da etapa nacional, que acontece amanhã (14), em Brasília.

A mangarataia amarga (Zingiber zerumbe)

 Tradicionalmente a mangarataia amarga é difundida em países asiáticos, onde a espécie é bastante usada na alimentação, fabricação de condimentos e na medicina tropical.  Em sua composição é encontrada a substância chamada “zerumbona”, um potente composto químico que auxilia no combate à células cancerígenas no organismo.

“Ele tem uma grande atividade citotóxica para as células de câncer. Comprovado e pesquisado a mais de 10 anos por grupos japoneses, principalmente”, explica Cleomir.

A zerumbona causa o apoptose, ou seja, a morte prematura das células doentes, inibindo a proliferação. É responsável por combater principalmente os tumores causados pelo vírus do herpes e poderá ser trabalhada na prevenção e no tratamento dessas doenças.

Pesquisa e Parceria

O estudo surgiu por meio da tese de mestrado e doutorado do pesquisador. Agora, em parceria com a empresa incubada do Inpa, o Biozer da Amazônia, serão desenvolvidos produtos a partir da industrialização do gengibre amargo.

“Estamos pensando também em produção de matéria prima para trabalhar em escala industrial. Gerando emprego e renda para a população e agregar valor aos produtos. É uma planta exótica, e nós vamos envolver todo o estado do Amazonas, cultivando em áreas degradadas”, comenta Cleomir.

O professor ainda ressalta: “Aqui no Amazonas é a primeira vez que lançamos produtos genuinamente nossos. Até mesmo produtos para tratamentos e alimentos terapêuticos que irão beneficiar portadores de câncer. E também para outras atividades farmacológicas interessantes”.

O intuito é lançar, daqui a dois anos, os produtos durante a Copa. “Estamos trabalhando com energéticos, drops e uma série de produtos para a copa de 2014. A idéia é divulgar nesse período”, destaca Cleomir.

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