Inpa recebe seminário que abordará o impacto da poluição urbana de Manaus na Floresta Amazônica
O Go Amazon/LBA é uma grande cooperação de pesquisa internacional, envolvendo pesquisadores do INPA, UEA, USP, INPE, Universidade de Harvard, Instituto Max Planck e um grande número de outras instituições de pesquisa
Por Lorena Andrade – Ascom/Impa
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) receberá no dia 6 de fevereiro o seminário "Experimento Go Amazon/LBA - Resultados e perspectivas futuras" que terá como palestrante o Dr. Paulo Artaxo do Instituto de Física/USP e pesquisador LBA. O evento que começa às 14h no Auditório LBA – INPA Campus II Av. André Araújo, 2936, Bairro Aleixo - Manaus será aberto ao publico.
O experimento Go Amazon/LBA foi projetado para avaliar o impacto da poluição urbana de Manaus na floresta amazônica em seu entorno. Uma série de estações de monitoramento atmosférico está sendo operada antes e depois da pluma de Manaus, e nos fornecerá por dois anos um grande número de observações atmosféricas.
Estas observações irão complementar aquelas coletadas por dois aviões nos experimentos IARA e ACRIDICON, que analisaram os efeitos da pluma de Manaus em larga escala. As emissões urbanas de Manaus alteram a química da atmosfera, favorecendo a produção de ozônio e aerossóis secundários.
Segundo a gerente científica do LBA (Programa de Grande Escala da Atmosfera - Biosfera na Amazônia) Muriel Saragoussi a ideia é que sempre que um Pesquisador do LBA venha à Manaus, eles façam palestras e cursos para apresentarem seus trabalhos. “Esperamos que todos os pesquisadores, não apenas do Inpa, se animem a conhecer mais sobre o trabalho do LBA” contou.
Novo site
O LBA inaugura nesta segunda-feira, dia 02 de fevereiro, a nova plataforma de seu site. Atualizado para fase dois, o site permitirá a interação dos pesquisadores entre si, segundo Muriel agora será possível a consulta de relatórios de projetos, agendas de idas a campo, assim como a parte financeira também, conforme a regra do Governo Federal de transparência.
“Quem acessar o novo site poderá ver também dados coletados das torres pelos pesquisadores. Alunos da área poderão colher essas e outras informações geradas pela LBA, assim como dados de controle de qualidade”, explicou Saragoussi.
A nova plataforma do site tem como objetivo a ampla comunicação com seu público alvo, que são pesquisadores e alunos. “Vamos mostrar o que é o LBA, o que faz e para quem faz, dessa forma pretendemos atrair novos pesquisadores de todo o mundo”, concluiu a gerente científica do LBA.
LBA
Em setembro de 2007, de experimento que era o LBA tornou-se um programa de governo, renovando a agenda de pesquisas iniciada em 1998, quando era mantido por acordos de cooperação internacional. O LBA, sob a coordenação cientifica do INPA, é uma das maiores experiências científicas do mundo na área ambiental: soma 156 projetos de pesquisa (100 deles já finalizados), desenvolvidos por 281 instituições nacionais e estrangeiras. A publicação dos resultados de pesquisa faz parte da história de sucesso do LBA.
Durante os primeiros 10 anos de existência (1998-2007), o LBA foi gerenciado pelo MCTI e coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pelo Inpa, tendo a NASA e outras instituições dos Estados Unidos e Europa como parceiros. Eles cobriram cerca de metade dos US$100 milhões investidos neste período. Hoje, transformado em programa governamental, o LBA conta com recursos brasileiros previstos do Plano Plurianual (PPA) que garantem a manutenção de sua infraestrutura básica. A missão agora é buscar outras fontes de financiamento para continuar ampliando as pesquisas.
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