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Em palestra realizada no Inpa, arcebispo de Manaus fala sobre a relação ciência e religião

  • Publicado: Quarta, 30 de Novembro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Quarta, 13 de Maio de 2015, 09h28

 

Com uma linguagem simples e embasada cientificamente, são discutidos assuntos sobre a Amazônia, dentre outros. Nesta reunião, Arcebispo de Manaus, Dom Luis Soares Vieira, foi o convidado

Eduardo Phillipe

Na manhã dessa quinta-feira (1), aconteceu no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o último encontro de 2011 do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA) com o tema “Ciência e Religião”, o convidado para ministrar a palestra foi o arcebispo de Manaus, Dom Luiz Soares Vieira.

A problemática que envolve o crescimento do fundamentalismo e a má compreensão dos livros sagrados nas religiões foi destaque. “Nós estamos assistindo esse fenômeno em todas as religiões do mundo. E se torna mais preocupante quando se use com a política. A mistura de política com religião é como uma bomba atômica. Fundamentalismo levado ao extremo pode gerar grandes problemas”, destacou preocupante o arcebispo.

Dom Luiz ainda explicou a visão de antropólogos de que não estamos numa época de mudanças, mas sim, numa mudança de época e a sua predominância, que raramente acontece, ocorre devido a três fatores: primeiro, a globalização a respeito da economia e suas influências; segundo, o avanço da informática com a era digital; e o terceiro, os avanços das pesquisas científicas por meio da evolução genética.

Religião e ciência não podem conflitar, as divergências ocorrem quando a ciência ultrapassa o seu campo de estudo e entra na metafísica. Deve haver uma distinção entre as hipóteses e as certezas pela ciência, e jamais afirmar que algo é definitivamente correto. “Acredito que esse conflito entre ciência e religião pode acontecer, ou por culpa da ciência, ou da religião. Devemos procurar suas causas para depois encontrarmos um caminho”, explicou.

No encerramento, o Arcebispo falou sobre a satisfação em discorrer sobre um assunto atual. “O mundo precisa de diálogos, e o diálogo entre ciência e religião é importante para construir a paz. Precisamos lutar por um mundo melhor”.

O grupo, idealizado pelo diretor do Inpa, Adalberto Luis Val, e pelo pesquisador Geraldo Mendes é composto por pesquisadores, professores, executivos, militares, poetas, religiosos e outros setores da sociedade. Com uma linguagem simples e embasada cientificamente, são discutidos assuntos sobre a Amazônia, dentre outros.

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