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Notícias

Desenvolvimento por meio do conhecimento regional e participação das pessoas locais

  • Publicado: Quarta, 23 de Novembro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Quarta, 13 de Maio de 2015, 09h18

 

Essa é a ideia defendida pelo diretor do Inpa, Adalberto Val, durante sua participação em um dos painéis do seminário “Desafios e oportunidades da Cooperação amazônica”, ocorrido nesta quarta-feira (23)

Por Josiane Santos

Eduardo Gomes
O seminário conta com a participação de representantes de instituições de pesquisa, universidades e do governo estadual

“Educação, ciência & tecnologia e saúde são os três grandes desafios da região Amazônia. No entanto, o maior de todos é transformar as potenciais riquezas da floresta em processo de inclusão social”. A afirmação é do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Adalberto Val, durante o seminário “Desafios e oportunidades da Cooperação Amazônica”.

Val citou que a diversidade biológica e sua importância para a região e para o mundo é pouco conhecida, isso se torna um agravante quando se trata de soberania e desenvolvimento econômico de cada região. “Mais de 50% das publicações mundiais nas revistas científicas sobre a Amazônia não têm um autor brasileiro, se soberania é conhecermos o nosso lugar, esse é o ‘tamanho do buraco’ na região”, destacou Val.

A mesa redonda debateu sobre a participação da sociedade amazônica na construção de políticas públicas e os modelos de desenvolvimento para a região. Esses modelos, segundo Val, geralmente, são vindos de fora para dentro, de regiões desenvolvidas e implantadas em regiões em desenvolvimento sem o conhecimento da mesma e sem a participação social. E isso, de acordo com Val, torna-se um modelo ‘para’ e não ‘com’ as pessoas.

“Os especialistas [que elaboram os modelos] identificam os desafios da região, apresentam a análise e o título da criação, sempre com base nos experimentos de sua região, e que o financiamento fornecido, na maioria das vezes, tem um custo bastante significativo”, frisou.

Conectivo: indivíduo ao seu meio

Para o diretor do Inpa, é necessário ter um conectivo entre o indivíduo e o seu entorno e cultura. Esse conectivo se dá por meio da educação, por isso os investimentos na preparação de professores, livros didáticos e sala de aula precisam ser “compatíveis com as características culturais e as necessidades de cada comunidade. Não podemos ter livro para ensino fundamental na Amazônia que pinte o rio de azul”, exemplificou.  

O seminário é promovido pelo Ministério das Relações Exteriores, Fundação Alexandre Gusmão, Governo do Estado do Amazonas e a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). A OTCA tem por objetivo coordenar estudos e projetos pilotos sobre as potencialidades econômicas e oportunidades para a região amazônica. O seminário vai até hoje (24) e discute os desafios e planos estratégicos para o desenvolvimento da região, e conta com a participação de representantes de instituições de pesquisa, universidades e do governo estadual.

Foto da chamada: Eduardo Gomes
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