O laboratório de Manejo Florestal (LMF) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realizou nessa sexta-feira (18), o Seminário “Dinâmica do Carbono da Floresta Amazônica” – Projeto Cadaf –, no Auditório da Ciência, onde pesquisadores brasileiros e japoneses debateram e apresentaram os objetivos do Projeto.

Na abertura da solenidade estiveram presentes, compondo a mesa, o Diretor do Inpa, Adalberto Val; a Vice-cônsul do Japão em Manaus, Mitiko Shibata; o Coordenador de projeto da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Júlio Inoue; o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Egídio Arai e o Deputado Marcelo Ramos, representando a Assembléia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Durante a manhã os palestrantes debateram sobre os aspectos gerais das bases para a execução do projeto Cadaf. O pesquisador da Forestry and Forest Products Research Institute (FFPRI), M. Ishizuka, ministrou a palestra “Visão geral da dinâmicado Carbono na Amazônia”, onde discorreu sobre o que é o projeto Cadaf, suas estruturas e quais as estratégias que utilizam. O pesquisador do Inpa, Niro Higuchi, explicou o “Inventário Florestal Contínuo do Amazonas”, quais os fundamentos do projeto, de onde surgiu a ideia, e até onde ele deve caminhar.

Os pesquisadores da Universidade de Tokyo, H. Sawada e T. Endo discorreram sobre “As observações da Floresta Amazônica do espaço” e “Estimativa do Estoque de Carbono”, como a ligação do campo de estudo com o sensoriamento remoto ocorre, por exemplo os satélites e as imagens remotas. Sawada explicou de maneira geral sobre a ligação que a terra tem com o espaço, já o pesquisador T. Endo apresentou uma nova tecnologia de observação de campo, que pode facilitar essa ligação.

Durante o seminário foram apresentadas as bases científicas para a execução do Projeto Cadaf, assim como alguns resultados anteriores. A pretensão do projeto é contribuir na definição de políticas públicas voltadas ao serviço ambiental relacionado com o Carbono da Floresta. “Informação é poder, quem tem informação, tem poder nas mãos. O papel principal de toda classe da Engenharia Florestal ao trabalhar com inventario florestal é correr atrás de subsídios para uma definição mais correta, não só de políticas públicas, como de qualquer estratégica de desenvolvimento da região”, explica Higuchi.

O projeto Cadaf é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisas da Amazônia (Fapeam), pelo Projeto Chichuá e pelo consórcio Fapeam e CNPq – Pronex Manejo Florestal, e desde 2004 vem instalando um sistema de Inventario Florestal Contínuo (IFC).