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Inpa participa de rodada de debates da Fiam

  • Publicado: Quinta, 27 de Outubro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Terça, 12 de Maio de 2015, 11h35

 

O evento aconteceu no Quality Hotel (Av.Mário Ypiranga, antiga Av.Recife - Adrianópolis) e fez parte das atividades do evento

Por Eduardo Phillipe

O diretor e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI), Adalberto Val, participou na tarde desta quinta-feira (27), da Jornada de Seminários da VI Feira Internacional da Amazônia (Fiam). Com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para a Economia Verde: o papel da Cooperação Internacional”, Val procurou exemplificar a temática que engloba o termo “Economia Verde” em seus diversos aspectos.

Val iniciou explicando sobre os desafios enfrentados atualmente por países desenvolvidos e em desenvolvimento, das oportunidades que podem retroceder ou dinamizar ambos, dos paradigmas e mudanças substanciais dos desenvolvidos e a mudança de postura com a responsabilidade ambiental dos em desenvolvimento. “Não há nenhum país tropical desenvolvido. Os que cresceram fizeram isso através dos recursos naturais e avançaram para outros caminhos. E nos dois casos é necessário buscar formas sustentáveis de desenvolvimento”, explicou.

O pesquisador considerou que sustentabilidade e desenvolvimento sustentável podem ser sinônimos. Porém, o sustentável pode ser classificado em dois sentidos: o ditatorial e pobreza sustentável. “De qualquer forma a sustentabilidade não se opõe ao crescimento econômico, a inclusão social e tem como principal pilar a educação, ciência e a tecnologia”, disse.

Logo em seguida, expôs que a economia verde é um conjunto de iniciativas em todos os níveis da organização social que resultam nas transformações das camadas socais e integram o desenvolvimento econômico, social e a conservação ambiental. Portanto, não se trata de uma ação isolada em um determinado domínio social. “É uma ação integrada que não tem fronteiras, ou seja, é uma ação multinacional”, ressaltou.

Conceituando que a “economia verde inclusiva” é um conjunto de ações que tem como fator principal a inclusão social e a redução da pobreza no mundo, alguns fatores como as constantes mudanças na economia, problemas climáticos, o desaparecimento de áreas florestais e a fragilidade da política mundial podem servir de base para estratégias robustas para a inclusão social e a geração de renda, principalmente em países em desenvolvimento. Nos desenvolvidos, onde houve uma concentração significativa de renda, a tática incluía a recomposição dos níveis de renda associadas a um novo padrão de consumo.

Apontou ainda a importância da educação em todo esse processo, destacando a união da educação ampla e a erradicação da pobreza como pontos fundamentais para a economia verde. O Brasil, por possuir níveis baixos na educação, pode ser determinante para o desenvolvimento da economia verde inclusiva, uma vez que possui grande diversidade de povos, cultura e da redução da assimetria nacionais. “A educação é vital porque é ela que determina a capacidade de uma sociedade para a apropriação de informação. Só assim poderemos inverter esses paradigmas. Sendo assim, sem essa mudança, não conseguiremos desenvolver uma economia verde”, revelou.

O pesquisador finalizou explanando sobre as informações geradas dentro dos laboratórios de todo o país, das percepções da sociedade inseridas nas pesquisas sem a neutralidade científica. Deste modo, o avanço científico tem um forte componente dos requisitos da sociedade onde eles são inseridos. “Precisamos de uma ciência moderna capaz de obter informações relevantes para a economia verde, a partir da interação dos organismos. Precisamos transformar informação em tecnologia e inovação. É preciso observar os organismos que estão em seus ambientes e aprender com eles”, concluiu. Disse, ainda, que “é necessário uma política de transição, criar uma competição entre novos produtos e as commodities convencionais”.

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